Categoria: Dicas

  • Como limpar as orelhas de cães e gatos

    Como limpar as orelhas de cães e gatos

    Caso você não saiba, é importante sempre verificar como estão as orelhas de seus animais de estimação. Um dos sinais de que algo não vai bem é a coceira intermitente que cães e gatos podem manifestar.

    A cera nos ouvidos – um dos problemas – impede os humanos de ouvir bem, nos animais não é diferente. Ocorre, porém, que neles, que possuem cavidade auditiva bem maior do que a dos humanos, a cera e sujidades podem atrair parasitas, como carrapatos, só para dar um exemplo. Vamos aprender a limpar, hidratar e reequilibrar as orelhas de cães e gatos, deixando ao redor delas uma agradável fragrância de limão?

    Procedimentos para a higienização das orelhas de seu animal de estimação

    Como os animais não conseguem dizer aos tutores que eles, cães, estão com problemas auditivos, cabe aos humanos perceberem os sinais, como coceiras ou queixas ao simples toque (estas, sinais de dores causadas por algum problema mais sério).

    Os dois procedimentos absolutamente necessários são a limpeza com determinada frequência das orelhas (o que inclui uma limpeza mais profunda que chegue às partes internas dos ouvidos que sejam acessíveis) e eventualmente a aplicação de algum produto farmacológico (remédio), se o problema já tiver alguma dimensão maior ou for bem recorrente (em algumas raças, otites são mais comuns, como veremos).

    Exemplo de produto disponível

    O mercado de produtos veterinários já é bem grande no Brasil e dispõe de vários produtos, inclusive para a limpeza e higiene dos ouvidos de animais domésticos. Daremos o exemplo de um deles, que traz já na embalagem instruções bem fáceis de serem seguidas para o procedimento.

    Trata-se do Sonotix®, marca registrada de um produto do laboratório francês Vetoquinol.

         Veja como é fácil fazer a limpeza das orelhas dos animais domésticos

    Não há necessidade de ter medo de limpar as orelhas de seus bichinhos, porque hoje produtos como o Sonotix® facilitam essa rotina. O produto é exclusivamente para uso veterinário e já traz na própria embalagem os procedimentos necessários.

    O efeito do produto

    O produto que usamos como exemplo apresenta-se como sendo uma solução auricular de limpeza profunda e é indicado para cães e gatos, tendo uma tripla ação: remover o cerume de forma rápida e eficaz; manter saudáveis os ouvidos do animal; e neutralizar o odor que exala de canais auditivos de animais, especialmente os que têm orelhinhas que os abafam, como é o caso de animais com orelhas rebaixadas. O cocker spaniel é exemplo de uma raça com essas características, não por acaso uma das que mais sofre com otites e que até é a capa do estudo da própria Vetoquinol publicado sobre o produto (disponível emhttps://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13921/sonotix-uma-nova-dimensao-na-otologia), sob o título “Chegou Sonotix”.

    Sequência de procedimentos para a limpeza:

    1. Despeje com cuidado duas gotas do produto no canal auditivo com o uso da cânula aplicadora que acompanha o produto. Em animais com orelhas grandes, elas precisam ser obviamente afastadas para que se consiga ver o canal auditivo do animal. A ponta da cânula deve ser colocada na entrada da orelha e deve-se, em seguida, apertar o frasco até que se possa sentir que dele saíram jatos. Não se preocupe com excessos.
    2. Faça massagem por um minuto pressionando a orelha contra o corpo do animal, delicadamente, de baixo para cima, o que ajuda a soltar e remover os resíduos internos.
    3. Deixe o animal chacoalhar a cabeça – ele o fará inevitavelmente.
    4. Limpe eventuais excessos do produto com algodão ou um lenço de papel.

     

    Evitar machucar o animal

    Especialmente em animais que se queixam ao simples toque, mas também observando cuidados mínimos em todos os animais, procure evitar machucar o animal, respeitando as fases acima, efetuadas com o cuidado necessário na pressão, na colocação da cânula, no massageamento e na limpeza do excesso.

    Evite pressões excessivas (o grito do animal é o sinal importante de que está havendo alguma força a mais), movimentos bruscos e pressa. No caso da colocação do algodão ou papel para retirar o excesso, não há necessidade de forçar seu dedo no interior do canal auditivo do animal, apenas se deve colocar o algodão e fazer um movimento circular delicado para promover a limpeza – é mais o algodão que seu dedo que entra no ouvido do animal. Não piore a condição do animal, portanto! Saiba que limpezas bruscas podem até provocar a perfuração do tímpano do animal, o que inevitavelmente o levará à surdez.

    Como o pH do produto é neutro, não há nenhum perigo de que a limpeza agrida a pele das orelhas dos ‘pets’.

    Agentes para diminuir ou amolecer o cerume dos ouvidos (ceruminolíticos)

    Os ingredientes do produto são suaves. Eles foram tratados e tornados acessíveis ao público para ajudar na limpeza do ouvido dos ‘pets’ sem causar neles qualquer alergia tampouco irritar a pele ou o pelo dos animais.

    O produto citado contém três agentes ceruminolíticos, ou agentes que ajudam a diminuir ou amolecer o cerume dos ouvidos, que é a cera dos ouvidos, aquela substância meio líquida, meio pastosa, grosso, gordurosa e amarelada que se forma no conduto auditivo externo. São eles: o transcutol V, a glicina capriloil e o álcool isopropílico.

    O transcutol V interfere na integridade do cerume, ou seja, promove o processo de liberação das aderências do cerume da superfície onde está instalado, que é o ouvido do animal.

    A glicina capriloil agiliza o processo de limpeza através do processo de emulsão (que provoca a dispersão de um líquido em outro não imiscível – que não se mistura – com ele) dosdebris celulares, que são fragmentos de células que ocorrem por alguns motivos, entre os quais a necrose de células – no cerume, isso é bastante comum. O cerume normal é necessário para proteger o ouvido de poeira e micro-organismos que podem causar infecções no ouvido. O problema é o excesso, que é comum em ‘orelhas abafadas’, como as dos ‘cockers’, por exemplo. A retirada de cera deve ser adequada, não havendo retirada contínua, porque, quanto mais cera se retira, mais as glândulas sebáceas a produzem, como forma de compensação. A retirada sem critério pode provocar o que o excesso de cera também provoca: otites e até surdez. O uso do produto uma vez por semana visa a dar a adequada limpeza, sem excesso, do cerume.

    O álcool isopropílico, também auxiliar na emulsão dos debris celulares, tem função adstringente, ou seja, de compressão dos tecidos e diminuição das secreções do ouvido.

    Na composição do produto, entram também: calêndula, glicerina, labrasol, fragrância de limão, polisorbato 80, TRIS, glicina undecilenoil e água.

    A calêndula e a glicerina têm duas funções: são umectantes (provocam umedecimento da pele) e emolientes (provocam amolecimento da delicada pele para o efeito desejado de favorecer a dissolução do excesso de cera e seu escorrimento).

    O labrasol é um agente que favorece a emulsão e a solubilidade da glicina capriloil e do álcool isopropílico.

    A fragrância de limão colabora para o controle do odor da superfície do ouvido.

    O polisorbato 80 é um conhecidíssimo estabilizante e emulsificante.

    O TRIS – abreviação de tris(hidroximetil)aminometano, é um produto muito usado em géis para manter o pH estável, ou seja, para evitar alterações bruscas do pH natural de uma superfície.

    A glicina undecilenoil é um lipoá4cido, que facilita a manutenção do pH normal da orelha, que é ácido. É mais eficiente do que produtos à base de ácidos láticos, tendo havido já estudos em pessoas, com resultados mais favoráveis aos lipoácidos.

    A água, o solvente universal, usada na formulação do produto, possibilita, no caso de produtos para tratamento de otites, a higiene da orelhaantes da utilização desses produtos.

    Frequência da limpeza

    A recomendação normal é de uso uma vez por semana para limpeza, mas esse período pode ser reduzido segundo orientação veterinária. Não contrarie a orientação do veterinário nem aplique o produto, se não tiver a devida orientação, em períodos mais frequentes do que uma vez por semana, para evitar justamente o efeito de retirada indiscriminada do cerume, o que provocará também efeitos nocivos à audição do seu animal.

    Conservação do produto

    Deve-se conservar sempre o produto em sua embalagem original, fechada e em local seco, ao abrigo da luz e umidade. Ele não deve ser armazenado junto a produtos tóxicos.

    Contraindicações e precauções

         Não se deve utilizar nenhum tipo de produto de limpeza nos casos onde houver suspeita de ruptura da membrana timpânica ou presença de erosão da bigorna, um dos três ossículos responsáveis pela comunicação dos sons no ouvido, fenômeno comum em otites médias. A erosão é uma ruptura na superfície de um osso de revestimento (cortical). O veterinário deve ser imediatamente consultado.

    Excelente avaliação do produto

         Um procedimento avançado para diagnóstico de problemas de ouvido usado por veterinários é a videotoscopia. Com ela, avalia-se o ouvido externo e a membrana timpânica com imagens bem mais detalhadas que o otoscópio tradicional. Infecções, inflamações, tumores, ruptura da membrana timpânica e otite média são os possíveis diagnósticos encontrados neste exame.

         Quando verificada com videotoscopia, os escores citológicos (que marcam a redução de debris celulares) foram melhores com o Sonotix® na comparação com um produto concorrente. O estudo mostrou, por exemplo, a aplicação numa fêmea da raça cocker inglês, de 5 anos, apresentando a redução após 30 minutos da aplicação do produto, do escore citológico de 7 para 4; o resultado após uma semana reduziu o índice para 1. Já, num labrador retriever macho de 3 anos e meio, menos sujeito ao problema do que cockers, o produto concorrente chegou aos respectivos escores: 6 (no momento da aplicação), 5 (após 30 minutos) e 3 (após uma semana). Os índices de redução, comparativamente foram:

    Tempo

    Sonotix®

    Concorrente

    Após 30 minutos

    42,85% de redução

    16,66% de redução

    Após uma semana

    85,71% de redução cumulativa

    33,33% de redução cumulativa

     A vantagem sobre o concorrente é de 2,5 vezes mais eficiência do Sonotix®.

     Fale com seu veterinário. Se ele não conhecer o produto, indique o estudo acima apontado (“Chegou Sonotix”). O seu animal bem como os tratados por ele podem se beneficiar muito com o uso deste produto inovador.

     

  • Como limpar a orelha do seu cachorro ou gato?

    Como limpar a orelha do seu cachorro ou gato?

    Vocês costumam verificar sempre a orelha dos seus bichinhos? Aposto que você já viu eles coçando a orelha várias vezes por dia, mesmo sem ter nenhum problema aparente.

    Quando nós humanos estamos com excesso de cera no ouvido, não escutamos direito, não é mesmo? Sabia que o mesmo acontece com os animais? 

    O caso deles precisa de mais atenção por ter uma cavidade maior que a da nossa orelha, podendo juntar mais sujeira, cera e até alguns parasitas como o carrapato.

    Existem produtos que podem te ajudar nessa hora tão importante da higienização das orelhas do seu bichinho. 

    E a nossa sugestão é o Sonotix! Uma solução auricular de limpeza profunda para cães e gatos, que tem como diferença para outros produtos a tripla ação:

    • Remove o cerúmen de modo rápido e eficaz;
    • Mantém os ouvidos saudáveis;
    • Neutraliza o odor, deixando uma agradável fragrância de limão nas orelhas dos bichinhos.

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    Componentes e indicações

    Os componentes deste produto são:Calêndula, Glicina Capriloil, Glicerina, Álcool isopropílico, Labrasol, Fragrância de limão, Polissorbato 80, Transcutol V, TRIS, Glicina undecilenoil e Água. Ele é indicado para limpar e ajudar a remover a cera dos ouvidos de gatos e cães, como parte de um programa de higiene de rotina ou antes da utilização de produtos para o tratamento de otites externas em cães e gatos. Como possui um pH neutro e é livre de parabenos, é um excelente auxiliar para que seu animalzinho tenha sempre as orelhas saudáveis.

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    Modo de usar e precauções

    É simples aplicar o produto – inclusive a embalagem traz as instruções passo a passo, ilustradas. Primeiro, deve-se colocar o produto no canal auditivo, massageando gentilmente de baixo para cima as orelhas do animal, para ajudar a soltar e remover os resíduos e deixando que o animal chacoalhe a cabeça. O final do procedimento consiste em limpar o excesso do produto com um lenço de papel ou um chumaço de algodão e, se necessário, repetir o procedimento (ver figura 1 abaixo). A indicação é para limpeza uma vez por semana ou a critério do veterinário.

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    Figura 1: Reprodução da embalagem, na parte que contém as instruções.

     

    Na aplicação do produto, use apenas os dedos, jamais hastes flexíveis de algodão. Caso haja algum problema, interrompa o tratamento e consulte um veterinário. O produto é para uso externo e apenas em animais, sendo que o contato com os olhos deve ser evitado – caso ocorra, enxágue bem a região. Ele não deve ser ingerido e deve ser mantido longe das crianças e dos próprios animais. A cânula de aplicação deve ser lavada tão somente com água após o uso. E as mãos do aplicador também devem ser lavadas após o contato com o produto.  Finalmente, o produto deve ser mantido a uma temperatura abaixo de 30°C. O frasco contém 120 ml e é encontrado em grandes redes de produtos para animais, também em fornecedores pela internet.

    (Confira no site da Vetoquinol: https://www.vetoquinol.com.br/content/sonotix®).

     

     

  • Os Corgis

    Os Corgis

    Utilizamos o título no plural, porque trataremos de duas raças de cães muito parecidas, porque têm origens recentes no País de Gales, mas que têm trajetórias diferentes. 

    As duas raças são: a Cardigan Welsh Corgi e a Pembroke Welsh Corgi. Tentando decifrar os nomes, comecemos pelo termo ‘corgi’: ele significa literalmente ‘cão anão’ no idioma céltico do País de Gales, o galês – na realidade, são duas raízes antigas do galês: cor: anão; e gi: cão. Em galês atual, anão seria ‘corrach’ e  ‘cão’ seria ci. 

    As duas raças, de fato, têm em comum o fato de terem patas curtas, o que obviamente os torna anões na comparação com outros cães. A pronúncia de ‘corgi’ é algo como: Kwórgui.

    E Cardigan e Pembroke o que são? Cardigan refere-se ao Condado (região que engloba alguns municípios) de Ceredigion,  que fica no País de Gales, que era o antigo Condado de Cardiganshire (‘shire’, em galês, significa ‘condado’), a principal área do País de Gales.  E Pembroke é uma cidade do Condado de Pembrokeshire, ou Sir Benfro em galês, que fica no sudoeste do País de Gales. E Welsh significa galês, em inglês.  

    A mais popular das duas raças é a Pembroke.

    O que as caracteriza, no primeiro olhar para ambas, é que seus indivíduos têm um aspecto de raposa.

    Para facilitar, vamos tratar as raças separadamente: Cardigan e Pembroke.

     

    História recente do Cardigan

    O Cardigan é uma das duas raças de Corgi que se originaram no País de Gales. É uma das raças mais antigas das ilhas da Grã-Bretanha. O cardigan é conhecido por ser um cão extremamente leal. Seus exemplares são extremamente versáteis e podem viver em vários ambientes. São  muito beneficiados por exercícios físicos e estímulos mentais. 

    Em dezembro de 1925, foi fundado no País de Gales, na cidade de Carmarthen, a mais antiga cidade daquele país, o Corgi Club. Ocorre que os membros do clube favoreciam a raça Pembroke, então um clube de entusiastas do Cardigan fundaram um clube próprio um ano depois (1926). 

    Ambos os grupos trabalharam duro para garantir que a aparência e o tipo de raça sejam padronizados através de cuidadosa seleção seletiva. O reconhecimento das duas raças pelo Kennel Club britânico ocorreu em 1928, agrupadas sob o título de Welsh Corgis (corgis galeses). Em 1934, as duas raças foram reconhecidas individualmente e exibidas separadamente.

     

    Origens do Cardigan

    Há uma teoria de que ambas as raças dos corgis descendem de uma linha de cães do tipo spitz do norte (como o husky siberiano). Outra é que eles descenderam da família de cães Teckel, que também produziu os Dachshunds. 

     

    A Raça moderna do Cardigan

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    Originalmente usados apenas como guardiões da fazenda, eles acabaram assumindo as características de um boiadeiro, pastor e muito mais. Eles ainda são altamente valorizados por suas habilidades de pastoreio, trabalho e guarda, bem como como cães de companhia.

     

    Descrição do Cardigan

    O Cardigan é um cão longo e baixo, com orelhas na vertical e cauda de raposa. O antigo padrão do American Kennel Club o chamou de “alsaciano com pernas curtas”.  A cauda do Cardigan é longa (ao contrário da do Pembroke Welsh Corgi, cuja cauda pode ser longa, naturalmente inexistente ou curta). 

    Os Cardigans, que têm pelagem dupla, apresentam uma variedade de cores, incluindo qualquer tonalidade de vermelho, castanho-escuro ou cor tigrada, além de preto, com ou sem tan, tigrado ou merle azul, com ou sem pontos castanhos ou tigrados. Outras cores não oficiais podem ocorrer, como merle vermelho, mas essas cores não são consideradas aceitáveis pelo padrão Cardigan. Eles geralmente apresentam uma marca de cor branca no pescoço, no peito, nas pernas, no focinho, por baixo do corpo, na ponta da cauda e uma espécie de flama brança na cabeça, conhecida como “padrão irlandês”. Outras marcas incluem sinais nas pernas e no focinho, focinhos enegrecidos e topetes parecendo capuzes de monge, especialmente nos de pelagem castanho-escuro (um padrão de pelos mais escuros sobre uma cor básica de pelo vermelho.) Um cardigan médio mede de 25 a 33 cm de altura da ponta da pata até a cernelha e pesa de 14 a 17 kg para o macho 11 a 15 kg para a fêmea. 

    A expectativa de vida é de 12 a 16 anos. O tamanho da ninhada pode variar —geralmente, de quatro a seis filhotes.

     

    Saúde do Cardigan

    As causas de morte mais comuns verificadas para a raça até hoje foram câncer (28,3%), velhice (24,6%) e distúrbios neurológicos (15,2%).

    Sabe-se que a doença do disco intervertebral canino (IVDD) ocorre no Cardigan Welsh Corgi. Isso provavelmente ocorre porque o Cardigan é uma raça anã (condrodisplásica), e essas raças frequentemente sofrem de doença de disco tipo I. Essa doença é comumente encontrada na raça Dachshund. 

     

    Temperamento do Cardigan

    Originalmente, o Cardigan foi criado para trabalhos agrícolas, incluindo pastoreio de ovelhas e gado. Os cardigans foram desenvolvidos para serem longos e baixos para garantir que qualquer passada do gado acontecesse em segurança sobre a cabeça dos cães sem tocá-los.

    Os cardigans são cães altamente inteligentes, ativos e atléticos.

    Eles provaram ser excelentes animais de companhia. Os cardigans são carinhosos, companheiros dedicados que também podem ser responsáveis e alertas. Se socializados em tenra idade, eles podem ser bons com outros cães e como animais domésticos.

    Competitivo corridas de cães pastores, provas de agilidade para cães e de obediência.

    Eles também são ótimos cães de guarda, mas nessa função não será dos melhores se comparado a outros cães especializados nela.

    O Cardigan Welsh Corgi compete em provas de agilidade canina, obediência, exibição, flyball e eventos de rastreamento. Seus instintos de pastoreio e treinabilidade podem ser medidos em testes de pastoreio não competitivos. Os cardigans que exibem instintos básicos de pastoreio podem ser treinados para competir em provas de pastoreio.

     

    História recente do Pembroke

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     O Pembroke Welsh Corgi originou-se em Pembrokeshire, País de Gales, como vimos acima, sendo a mais nova das duas raças de corgis e um dos menores cães de pastoreio que existem. A raça é famosa como a preferida da rainha Elizabeth II, que chegou a possuir mais de 30 durante seu longo reinado de já mais de 70 anos, embora hoje em dia não sejam tão populares na Grã-Bretanha – continuam, por sua vez, muito populares nos Estados Unidos, onde cidades como Nova York, Boston e Los Angeles realizam encontros anuais em q eu centenas de pembrokes e seus donos se encontram em algum local público para passar o dia.  

     

    Origens do Pembroke

      Além da teoria que afirma que ele, assim como o cardigan, descende da linha de cães do tipo spitz do norte, há outra teoria de que os pembrokes são descendentes dos Vallhunds suecos, que teriam sido cruzados com os cães de pastagem galeses locais. A linhagem Pembroke Welsh Corgi foi rastreada até 1107.

    Há várias lendas que cercam a raça. Uma suposta teoria prega que tecelões vindos de Flandres, no norte da Bélgica, teriam trazido esses cães enquanto viajavam com o objetivo de residir no País de Gales, no século XII.

    A mais célebre das lendas é a que gira em torno de fadas. Já desde o século XII corre na cultura oral de Gales que duas crianças corriam por uma floresta quando deram com um funeral de uma fada. As fadas de luto presentearam as crianças com dois filhotes de pembrokes, e as crianças levaram-nos para casa, dando popularidade à raça. Quanto às fadas, as lendas ainda reforçam que esses cães anões teriam servido durante um tempo como cavalos de guerra  das fadas antes de se tornarem cães de pastoreio para os seres humanos. Na base dos quadris dos pembrokes, há uma linha na pelagem um pouco mais áspera do que a pelagem normal, que a tradição galesa antiga afirma ser a linha de sela dos guerreiros das fadas. 

     

    A Raça moderna do Pembroke

    O Pembroke Welsh Corgi foi classificado em 11 º lugar na famosa classificação “A Inteligência dos Cães” do pesquisador Stanley Corey, que afirma que a raça é considerada um cão de trabalho excelente. De acordo com o American Kennel Club, o Pembroke Welsh Corgi foi classificado como a 15ª raça de cães mais popular em 2017. 

     

    Descrição do Pembroke

    O Pembroke Welsh Corgi troca sua pelagem duas vezes por ano. Ele possui orelhas eretas que são proporcionais ao triângulo equilátero da cabeça. As orelhas também devem ser firmes, de tamanho médio e afiladas levemente até um ponto arredondado. A cabeça deve ser com a forma e aparência de uma raposa. O Pembroke Welsh Corgis difere do Cardigan Welsh Corgi por ser mais curto em comprimento, ter orelhas menores e ter as patas um pouco mais retas. O Pembroke Welsh Corgi tem a famosa “sela de fadas” nos quadris e marcações um pouco mais claras em cada lado da cernelha, causadas por alterações na espessura, comprimento e direção do crescimento do pelo. O Pembroke Welsh Corgi troca de pelagem principalmente na primavera e no outono e pode trocar apenas anualmente, com as fêmeas ficando intactas ou perdendo pelo apenas durante o calor.

    Existem falhas quanto a alguns aspectos de indivíduos da raça: alguns podem apresentar condições genéticas que façam com que sejam os chamados “fofos”, que são corgis com pelagem muito longa, ou os “azulados”, que têm uma cor diluída (pelos vermelhos presentes com um tom azulado). 

    Enquanto alguns Pembroke Welsh Corgis nascem com o rabo naturalmente curto ou ausente, a maioria geralmente tem suas caudas cortadas entre 2 e 5 dias devido à tradição histórica ou para estarem em conformidade com o Padrão da Raça. O corte artificial era necessário para que o cão fizesse seu trabalho como um cão de pastoreio no Reino Unido. Um cão “de companhia”, que não era pastor, era considerado um luxo pela lei tributária e gerava um imposto, de modo que, para demonstrar que seus cães estavam pastoreando, os proprietários tinham que garantir que os cães estivessem com o rabo inteira ou parcialmente cortado. O Kennel Club, o United Kennel Club, e o Federação Cinófila Internacional permitem caudas intactas nas apresentações de Conformação. O Padrão AKC declara que as caudas devem ser cortadas para não mais do que 5 cm. Em muitos países, o corte foi considerado ilegal. 

     

    Saúde do Pembroke

    Os pembrokes têm uma expectativa de vida média de 12 a 15 anos. Os Pembroke Welsh Corgis são acondroplásticos , o que significa que são uma raça de “anões verdadeiros”. Como tal, sua estatura e construção podem levar a certas condições de saúde não herdadas, mas também devem ser consideradas questões genéticas. Geralmente, os pembrokes podem sofrer de monorquidismo, de doença de Von Willebrand, da displasia dos quadris, de mielopatia degenerativa (DM) e de problemas oculares herdados, como a atrofia progressiva da retina. O teste genético está disponível para Pembroke Welsh Corgis para evitar esses problemas e melhorar a base genética de saúde. Os pembrokes também são propensos à obesidade devido ao apetite robusto, característico das raças de grupos de pastoreio. 

     

    Temperamento do Pembroke

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    O Pembroke Welsh Corgi é muito carinhoso, gosta de se envolver com a família e costuma seguir os seus donos onde quer que vão. Eles têm um grande desejo de agradar seus proprietários, tornando-se ansiosos para aprender e treinar. Esses cães são fáceis de treinar. Além de pastorear, também atuam como cães de guarda devido à sua atenção e tendência a latir apenas quando necessário. A maioria dos pembrokes procurará a atenção de todos que encontrarem e se comportará bem com crianças e outros animais de estimação. É importante socializar esta raça com outros animais, com adultos e crianças quando seus representantes sejam ainda bem jovens, para evitar qualquer comportamento ou agressão antissocial mais tarde. Devido ao seu instinto de pastoreio, eles adoram perseguir tudo o que se move, por isso é melhor mantê-los em áreas cercadas. O instinto de pastoreio também fará com que alguns pembrokes mais jovens mordam os tornozelos de seus donos. 

    O Pembroke Welsh Corgi está-se tornando mais popular nos Estados Unidos e ocupava o 20º lugar nos registros do American Kennel Club em 2015. No entanto, os corgis agora são listados como uma raça “vulnerável” no Reino Unido: diz-se que o declínio se deve a uma proibição em 2007 de cortar-lhes a cauda, bem como à falta de criadores. Em 2009, o corgi foi adicionado à lista “em observação” do The Kennel Club de raças britânicas quando os registros anuais variavam entre 300 e 450. Em 2014, a raça foi colocada na lista “Raças nativas vulneráveis” do clube quando os registros caíram para menos de 300. Em 2018, a raça saiu da lista “Em risco”, com 456 filhotes registrados em dezembro de 2017. O Kennel Club creditou o interesse renovado pela raça à popular série de televisão Netflix , “The Crown”, que fala da vida e do reinado de Elizabeth II, grande entusiasta da raça. O Pembroke Welsh Corgi também apareceu na televisão americana, na série Brooklyn Nine-Nine, como o cão de estimação do capitão Raymond Holt e de Kevin M. Cozner e mostra-se extremamente leal. Um Corgi, de nome Ein, com inteligência no nível humano, é um dos 5 personagens principais da série de ficção científica em desenho animado para a TV Cowboy Bebop, produzida pelo estúdio japonês Sunrise.

    O Pembroke Welsh Corgis pode competir em provas de agilidade de cães , obediência, carisma, flyball , rastreamento e pastoreio. Seus instintos de pastoreio e treinabilidade podem ser medidos em testes de pastoreio não competitivos.  Os corgis, apesar de seu nanismo dar a ilusão de pequenas pernas lentas, podem atingir até 40 km/h, se estiverem saudáveis e em forma. Isso ocorre porque os corgis tendem a usar mais força na parte superior do corpo para correr do que a maioria dos cães, dando a eles habilidades aprimoradas em atividades como agilidade, pastoreio e corrida.

    Em tenra idade, a paixão da rainha Elizabeth II por esta raça começou quando seu pai, o rei George VI, trouxe para casa seu primeiro corgi real, que mais tarde foi chamado de “Dookie”.  A rainha deixou de produzir corgis por volta de 2012 para não ter que abandoná-los depois de ela ter morrido; seu último corgi, Willow, morreu em 18 de abril de 2018. Em 3 de abril de 2019, foi lançada a animação “O Corgi da Rainha”, produção belga da nWave Pictures, trazendo aos corgis um pouco mais de popularidade. 

  • Como tratar a obesidade do seu cão

    Como tratar a obesidade do seu cão

    Se alguém disser que obesidade é uma doença, não estará ofendendo pessoas ou animais gordinhos. E que tipo de doença é? Uma doença nutricional. E cães também podem ser acometidos por essa doença.

    O que define a obesidade é o excesso de gordura corporal. Ela é um problema predominante em animais de estimação criados em casa, não nos encontrados nas ruas. Nos EUA, por exemplo, segundo uma pesquisa de 2018, de uma associação para a prevenção de obesidade em animais de estimação, revelou que 56% deles tinham excesso de peso. Quais as consequências da obesidade para os cães?

     

    Efeitos adversos

    Os efeitos adversos à saúde dos cães podem ser sérios e até reduzir a vida útil do animal, mesmo que ele só esteja moderadamente acima do peso. Ela pode estar associada a vários problemas de saúde importantes, como diabetes, doenças cardíacas e artrite. O melhor, então, é manter um peso corporal saudável para seu animal de estimação, para melhorar a qualidade vida geral dele.

                

    Há raças com maiores riscos de se tornarem obesas?

    Não há uma raça específica que apresente predominantemente o problema, mas cães que são superalimentados, os que não conseguem se exercitar ou que acabem retendo, por tendência, gordura corporal, estes têm maior risco de se tornarem obesos.

    Quanto à questão da idade ou de outra condição, podemos indicar que a faixa etária em que é mais comum a obesidade é entre 5 e 10 anos, sendo que a castração e a condição de viverem muito tempo em ambientes fechados favorecem também a obesidade. 

     

    Os sintomas

    Um cão acima do peso apresente os seguintes sinais básicos ou sintomas:  ou sinais básicos:

    • A diferença numérica (para mais) manifesta na balança quanto aos quilos;
    • A gordura corporal excessiva, por exemplo, com a ocorrência de nódulos de gordura;
    • Falta de vontade ou até incapacidade de se exercitar;
    • Medição de índice de condição corporal alto.

     

    As causas

    Várias são as causas da obesidade nos cães, sendo a mais comum o desequilíbrio entre a ingestão e o uso de energia, ou, em outras palavras, o cão consome mais calorias do que consegue gastar. 

    1. Desequilíbrio na velhice

    Na velhice, observa-se também uma diminuição normal na capacidade de um cão se exercitar, devido a problemas articulatórios e/ou a outras condições, o que colabora para esse desequilíbrio energético.

    2. Guloseimas ministradas por humanos

    Os tutores e pessoas que oferecem alimentos aos cães podem agravar a condição ao oferecerem alimentos com alto teor calórico, guloseimas frequentes e sobras de mesa. 

    3. Hipotireoidismo

    Entretanto, há outras causas comuns, que são hipotireoidismo, insulinoma, hiperadrenocorticismo (a chamada  Síndrome de Cushing) e a castração. 

    O hipotireoidismo é o funcionamento deficiente da glândula tireoide, que se localiza no pescoço do animal. Há um desregulamento na produção de hormônios, ou seja a tireoide baixa a produção de hormônios que regulam a energia do pet. Além do ganho de peso, o animal pode apresentar letargia, fraqueza, feridas, queda de pelos e depressão. Para melhorar a condição do cão com hipotireoidismo, é necessário que haja a reposição de hormônios, algo que costuma durar a vida toda do animal. É um problema que acomete geralmente cães adultos, que o desenvolvem a partir de componentes genéticos, havendo predominância do problema nas raças labrador, goldenretriever, beagle e cocker. Dietas especiais para cães com hipotireoidismo são também geralmente prescritas.

    4. Insulinoma

    Insulinoma é um tumor maligno, que normalmente se encaminha para metástase. É uma doença gravíssima, mas rara. A tendência é de se manifestar em raças de médio e grande porte, de meia idade ou idosos, com maior risco para as raças pastor alemão, boxer, poodle, setterirlândes, collie e fox terrier.

    5. Síndrome de Cushing

    O hiperadrenocorticismo, conhecido também como Síndrome de Cushing, tem relação direta com as glândulas endócrinas (excesso de produção de cortisol) e é também doença mais comum em cães de meia idade e idosos, acometendo com maior incidência animais pequenos. Como a doença provoca apetite exacerbado e prostração, com atrofia muscular, o cão fica muito tempo sem exercício e acaba se tornando obeso.

    6. Castração

    Nem todo cão castrado acaba ficando obeso, mas a castração pode ocasionar, sim, obesidade, devido a mudanças hormonais que podem tornar o cão mais calmo, sem muita energia para exercício, algo que, se acompanhado de alimentação não muito vigiada, pode levar à obesidade.

     

    Diagnóstico

    Como verificar se o cão é obeso? Antes, é preciso esclarecer que estar um pouco acima do peso, ou um pouco gordo, não significa estar obeso.

    A obesidade é diagnosticada medindo-se o peso corporal do cão, medição cujo resultado deve levar a um escore de condição corporal (ECC), que envolve a avaliação da quantidade de gordura no corpo.

    Normalmente, o veterinário examinará o cão sentindo as costelas, a região lombar, a cauda e a cabeça. Ele fará medições e comparará os dados com o padrão da raça.

     

    O que é ser um cão obeso

    Ser obeso para um cão significa ter um excesso de peso corporal de aproximadamente 10 a 15%. Existe um sistema de pontuação para a obesidade que tem até 9 pontos, no qual os cães obesos são os que apresentarem condição corporal acima dos 7 pontos.

     

    Tratamento da obesidade em cães

    A perda de peso deve ser gradual e sustentável a longo prazo. Só há dois métodos universalmente conhecidos e óbvios: reduzir a ingestão de alimentos e aumentar a atividade física para o animal.

     

    Dieta

    O veterinário que cuida do animal pode ajudar a criar um plano de dieta, com horário de alimentação e ingestão diária recomendada de calorias.

     Alimentos para perda de peso para cães ricos em proteínas e fibras alimentares, mas com baixo teor de gordura, são normalmente recomendados, uma vez que as proteínas estimulam o metabolismo e o gasto de energia.

    A proteína também ajuda a proporcionar uma sensação de saciedade, para que seu cão não sinta fome novamente logo após comer. A fibra alimentar também ajuda os cães a se sentirem saciados depois de comer, mas, diferentemente das proteínas, contém pouca energia.

     

    Exercício

    Aumentar o nível de atividade física do seu cão é vital para a perda de peso bem-sucedida. Tente passar com ele com a coleira por pelo menos 15 a 30 minutos, duas vezes por dia e brincando com ele para estimulá-lo a se movimentar, com jogos de pegar objetos, por exemplo.

    IMPORTANTE: condição para o exercício!

    Antes de iniciar um regime de exercícios , verifique com seu veterinário se o seu cão está livre de condições relacionadas à obesidade que podem dificultar o exercício, como artrite ou doenças cardíacas.

     

    Vida e Gestão

    O tratamento de acompanhamento da obesidade inclui a comunicação regular com o veterinário, o monitoramento mensal do peso do seu cão e o estabelecimento de um programa de manutenção de peso a longo prazo, uma vez atingido o índice ideal de condição corporal do seu cão.

    Com um firme compromisso com o peso saudável do seu cão, você pode se sentir confiante de que ele está se sentindo melhor.

     

  • Posso dar leite para o meu pet?

    Posso dar leite para o meu pet?

    Você pode ter colocado um comprimido dentro de um pedaço de queijo para uma ocasião em que seja necessário administrar um remédio que ele não comerá espontaneamente, certamente acreditando que está fazendo o melhor para seu animalzinho de estimação, mas os cães não são realmente feitos para processar produtos lácteos de vaca. Eles não têm a enzima para quebrar o açúcar do leite e, enquanto alguns cães são mais capazes de lidar com laticínios do que outros, muitos cães são intolerantes à lactose. Os laticínios podem causar vômito, diarreia ou levarem a doenças gastrointestinais. O alto teor de gordura pode levar à pancreatite, como também ocorre com carnes gordurosas. Não compartilhe seus laticínios com seu cão. Sobrará mais sorvete para você!

  • Alimentação para o seu pet!

    Alimentação para o seu pet!

    Será que cachorro pode comer a comida de gente? Para evitar qualquer problema, o melhor é sempre fazer algo especialmente para eles, e foi o que foi demonstrado no episódio 6 do Manual Pet (clique aqui), quando  fizemos uma receita de um biscoito para cachorro.

    É algo simples, barato e pode ajudar nestes tempos de quarentena – também em tempos mais normais. Obviamente, não é só o biscoito especial feito para os cães que pode ser dado como alimento, já que, com moderação e sabendo o que se está dando ao animal, alguns alimentos in natura e algumas receitas de alimentos humanos podem ser compartilhadas, na devida medida, com os cães.

     

    Você sabe o que pode e o que não pode dar como alimento a seu cão ou gato?

    Não é nada incomum humanos darem algo de seu alimento a seus animais de estimação.

    Como devemos sempre buscar a melhor orientação, cabe sempre procurar conhecer quais alimentos são adequados e quais não devem ser nunca dados aos pets, porque há alimentos que podem até matar o animal.

    Sim, e isso tem o significado exato do termo ‘matar’, sem nenhum exagero. Certas substâncias não são digeridas pelos animais, são verdadeiros venenos para eles.

     

    Além da ração

    Os donos podem achar monótono demais um ser que eles amam ficar sempre comendo a mesma coisa, ou seja, a mesma ração. Só que normalmente a ração já fornece todos os ingredientes necessários para que o animal tenha uma vida saudável.

    De vez em quando, algum alimento humano pode até ser introduzido à dieta do animal, mas, para isso, deve-se ter a adequada orientação.

    O importante é saber que a ração é insubstituível. Isso significa que outros alimentos são apenas complementos, algo como petiscos, para o pet, nunca uma refeição balanceada e completa, como é a ração.

    Se o animal apresentar algum tipo de alergia a um componente de uma determinada ração, o melhor é procurar um veterinário que possa orientar quanto à melhor ração, com componentes nutricionais que atendam às necessidades do animal, sem o incomodarem com o problema da alergia. Há, inclusive, veterinários que conhecem muito bem determinadas raças, alguns até são criadores e sabem muito especificamente o que pode servir melhor ao bichinho.

     

    Alimentos simples, sem tempero

    Uma das frutas mais apreciadas pelos pets é a banana. Cortada em pequenos pedaços, vai bem como petisco (aliás, vai muito bem). Não se preocupe, que eles não comem as cascas, no caso de roubarem da fruteira alguma banana (experiência com o Ian, o cocker branco e laranja que aparece em alguns episódios do Manual Pet: ele roubou duas da fruteira e conseguiu comê-las sem tocar nas cascas! E o mais engraçado: ele já é um senhor de 13 anos, mas continua aprontando!).

    Uma segunda fruta, saborosa e que também vai bem, se cortada em pedacinhos, como petisco, é a manga. Notem: pequenas quantidades, sempre, mas jamais manga verde. A preocupação com o caroço existe, principalmente para animais que gostam de ficar roendo tudo. Sempre é bom alertar: os humanos não devem permitir o acesso dos pets aos caroços das mangas – assim como as cascas de banana, nunca se sabe o que eles aprontarão.

    A terceira fruta permitida é a melancia – SEM SEMENTES. E deixamos claro para quem tem preguiça de limpar a melancia de suas sementes: se os humanos não as comem, por que deveriam achar que seus pets as ingeriram?

    Uma folha que pode ser ministrada e que é ótima para cães com problemas digestivos é a alface, que pode ser ministrada junto com a ração, picada e sem absolutamente nenhum tempero. Um apaixonado por cães e que às vezes faz uns biscoitinhos para eles sempre adverte que a quantidade de sal  para uma salada humana não se coaduna jamais com um animal que tenha uns 5 a 15 quilos apenas. O mal que um tempero pode fazer a seu pet  pode ser enorme. Então, nada de temperos quando der qualquer alimento humano a seu cão.

    A maçã, sem as sementes, também é ótima fruta.

    Os tomates, apenas os vermelhos, bem maduros, e sem sementes. Os verdes jamais, porque contêm uma toxina presente nas partes verdes da fruta, chamada glicoalcalóide, absolutamente danosa, em qualquer quantidade, aos pets. Também jamais dar tomates com temperos. Cozidos são o ideal, servindo como petisco, sendo que mesmo quantidades razoáveis não fazem mal ao seu pet, mas evite substituir uma refeição balanceada por apenas tomates.

    Uvas jamais: uma quantidade muito pequena, como somente 6 uvas (sic) podem causar insuficiência renal aguda no seu pet.

    Cebola é extremamente indigesta para os pets: o tiossulfato presente nas cebolas é tóxico para os animais, que podem desenvolver  anemia.

    Finalmente, a fruta talvez mais letal é o abacate. Em quantidades razoáveis, pode levar a um desarranjo intestinal grave e até à morte do animal.

     

    Os alimentos processados

    Ah, mas não pode chocolate?

    Não, não e não.

    Se humanos podem ser chocólatras, cães jamais podem chegar perto de chocolate. A teobromina, principal componente desse alimento processado, não é digerida pelos pets. A dose daninha é a de 100 a 150 miligramas por quilo de seu peso corporal, mas não se deve nem começar a gerar o hábito.

    O leite, outro alimento processado que curiosamente alguns ministram a animais, especialmente a filhotes, não é aconselhável, porque os pets não conseguem digerir a lactose, que é praticamente a alma do leite e de seus derivados, a qual pode causar-lhes, entre outros problemas digestivos, diarreia.

    E aquele pedaço de pizza? Da última vez, ele passou bem, não aconteceu nada! Só que é bom saber que isso nem sempre pode acabar bem. Prevenir é sempre melhor do que remediar, porque nem sempre é possível remediar. Alimentos processados, especialmente os comprados já para imediato consumo, contêm temperos, que não são bem assimilados pelo organismo dos pets.

    Na dúvida sobre alimentação, a consulta ao veterinário é sempre o melhor caminho. Seja um dono responsável, procure a orientação devida, sempre!

  • Como cuidar de seus pets no isolamento imposto devido ao corona vírus

    Como cuidar de seus pets no isolamento imposto devido ao corona vírus

    Não abandone o seu pet!

    Como cuidar de seus pets no isolamento imposto devido ao corona vírus

    Pessoas estão abandonando cachorros na rua devido ao desespero que envolve a falta de dinheiro nestes tempos de quarentena. Isso está acontecendo inclusive no Brasil.

    Nos EUA, estão, ao contrário disso, adotando animais. Sim, há alternativas para tudo. E, para cuidar de animais com redução nos gastos, sem prejudicar a saúde deles nem a de seu bolso, é possível. Mais que dinheiro, falta imaginação, trabalho, solidariedade e conhecimento.

     

    Coronavírus em cães e gatos

    É importante afirmar que as evidências de animais de estimação contraindo covid-19 de seus donos permanecem extremamente raras, com apenas dois casos (em gatos) relatados globalmente. O risco de infecção humano-animal é muito pequeno. No entanto, o vírus pode ser transmitido de pessoa para pessoa através de superfícies como os pelos, a coleira e a guia de um cachorro.

    As informações são as mais atualizadas, até o momento, o que significa que pode haver mudanças, algo que demandaria também nossos esforços para que todos fiquem informados, e é o que pretendemos fazer.

    Temos plena consciência de que, diante das circunstâncias atuais, muitos donos de animais podem estar lutando para cuidar do animal. Mesmo que você não esteja nesta situação difícil, procure estar atento e acompanhar e ajudar a quem precisa de ajuda, ainda que seja apenas compartilhando informações.

     

    O que fazer com seu animal de estimação durante a quarentena

    Se você não testou positivo para coronavírus e não foi solicitado a ficar em auto isolamento, continue interagindo com seu cão ou gato normalmente e siga as orientações sérias oficiais sobre como se comportar durante a quarentena.

    De acordo com os conselhos da Public Health England, do Reino Unido,amparadas na Organização Mundial da Saúde, você deve adotar boas práticas de higiene, que incluem lavar bem as mãos com água e sabão antes e depois de tocar em seu cachorro ou gato, ou em alimentos, brinquedos, caminhas, ou nas roupas de cama de todos da casa. Você também deve evitar beijar seu cão ou gato, ou ser lambido por eles ou compartilhar comida com eles.

    Mesmo que não haja evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por animais de estimação, lavar as mãos dessa maneira pode ajudar a protegê-lo contra infecções comuns que podem passar entre animais e humanos.

     

    Saídas com o pet

    Você pode sair de casa para se exercitar uma vez por dia e combinar isso com passear com o cachorro. Ao fazer isso, é importante minimizar o tempo gasto fora de casa e ficar a dois metros de distância de qualquer pessoa fora de sua casa.

    Você também pode deixar sua casa para cuidar ou ajudar uma pessoa vulnerável. Isso inclui passear com um cachorro para alguém que não consegue sair de casa porque prefere se isolar ou está em algum grupo de risco. Lembre-se de lavar as mãos antes e depois de manusear o cachorro e mantenha-o a 2 metros de outras pessoas e animais, inclusive ao entregá-lo ao proprietário.

     

    Para as necessidades específicas do seu pet

    Lembre-se de que seu cão ou gato ainda precisará sair para usar o banheiro, porque alguns têm já o hábito estabelecido de fazer suas necessidades em um lugar específico fora da casa ou numa área especial, como um cantinho em algum aposento adaptado para isso; portanto, mantenha sempre higienizada e em condições de uso a área externa da casa ou o ‘banheirinho’ do animal no apartamento.

    Todas as viagens não essenciais aos veterinários devem ser evitadas. Se o seu cão ou gato precisar de tratamento urgente, você pode providenciá-los por sua conta, mas lembre-se de lavar as mãos e permanecer a 2 metros de qualquer pessoa fora de sua casa. Você deve ligar para o veterinário antes de ir vê-lo.

    Fale com seu veterinário ou médico por telefone ou por outra comunicação à distância viável se precisar de mais conselhos ou consulte as páginas de conselhos dos serviços públicos dedicados a isso  (como o Centro de Controle de Zoonoses, por exemplo) para obter as informações mais atualizadas.

    Finalmente, no caso de uma recomendação mais ampla de auto isolamento entrar em vigor, ou de que você ou um membro de sua família seja especificamente solicitado a se auto isolar, verifique se você tem um bom suprimento da comida de seu cão ou gato e / ou de qualquer medicamento imprescindível.

     

    Passear com o cachorro de outra pessoa

    Você só deve passear com o cachorro de outra pessoa se, devido às circunstâncias individuais, a pessoa não puderfazer isso por conta dela.São os casos de pessoas que são trabalhadores essenciais (funcionários da área da saúde ou de serviços públicos de segurança, só para citar dois exemplos), em grupos de risco ou com confirmação ou suspeita de ter contraído o coronavírus. Solidariedade e cuidados são importantes, um sempre ao lado do outro, não sendo negado nem ao outro nem a si mesmo nenhum desses dois importantes aliados no combate ao terrível mal que está, de fato, acometendo a humanidade. Não negue solidariedade, mas não negligencie os cuidados!

    De modo geral, deve ser considerada cada situação individual e como deve ser feita a proteção tanto a você quanto à pessoa que você está ajudando. 

    Combine, com antecedência, com a pessoa como será a atividade, inclusive a duração da caminhada. Assegure-se de medidas de higiene antes e depois do passeio, mas também durante ele.

    Procure assear com o cachorro na área circundante da casa do proprietário e, idealmente, em uma pista. Você não deve dirigir para um local para depois passear.

    Encontre uma maneira de pegar e devolver o cão com segurança, de maneira a manter uma distância de dois metros entre você e outras pessoas e minimizar o tempo gasto na casa do proprietário.

    Nunca ande com cães de famílias diferentes ao mesmo tempo.

    Lave as mãos por 20 segundos usando água e sabão antes de sair de casa.

    Use luvas pela duração de qualquer contato e descarte-as após o uso.

    Use uma guia diferente da que estiver eventualmente sendo fornecida pelo proprietário, a qual você, obviamente, deve dispensar.

    Peça a alguém da casa para abrir e fechar as portas para você.

    Não lide com mais nada, como seu telefone, durante qualquer momento do contato.

    Sempre que possível, minimize o contato com o cachorro.

    Mantenha sua distância social enquanto caminha, mantenha-se em áreas tranquilas e não permita que outras pessoas ou animais de estimação entrem em contato com o cão.

    Lave a guia com água e sabão depois que o cão for devolvido.

    Lave as mãos por 20 segundos usando água e sabão tão logo seja possível. 

    Ao passear com o cachorro de uma pessoa contaminada ou com suspeita de contaminação, é especialmente importante proteger sua saúde: evite contato com pessoas da casa, mantendo pelo menos 2 metros de distância de outras pessoas.

    Mantenha o cão no trajeto a ser feito, evitando que ele entre em contato com alguém ou outros animais.

    Limpe o cão com um lenço descartável para animais ou um pano limpo e úmido antes de devolvê-lo à casa dos donos, para reduzir o risco de levar problemas aos ocupantes da casa.

    Ao passear com um cachorro em uma casa onde as pessoas têm ou são suspeitas de ter coronavírus, é especialmente importante proteger a si e aos outros: também o contato com outras pessoas é a primeira providência, sempre nos 2 metros de distância se houver necessidade de uma interação, como a óbvia retirada do animal para o passeio.

    Limpe o cão com um lenço descartável para animais de estimação ou um pano limpo e úmido antes da caminhada.

    Mantenha o cão no trajeto a ser feito, evitando que ele entre em contato com alguém ou outros animais.

    Tome cuidado ao se limpar depois de limpar o cão;carregue sempre um frasco de álcool em gel para sua higienização rápida, enquanto não conseguir lavar bem as mãos com água e sabão.

     

    E se você precisar de isolamento?

    Em primeiro lugar, há muitas coisas que você pode fazer para garantir que seu cão ou gato seja o mais seguro possível, por isso, a primeira medida é: não entrar em pânico – aliás, pânico, de maneira geral, na vida, praticamente nunca ajuda em nada.

    Se possível, combine com outra pessoa para cuidar do seu cão ou gato, até que você possa voltar ao normal.

    Sempre adote boas práticas de higiene , que incluem lavar bem as mãos com água e sabão antes e depois de tocar em seu cachorro ou gato, ou em alimentos, brinquedos, caminhas ou nas roupas de cama de todos da casa.

     

    Cuidados específicos com gatos neste período de quarentena

    Os gatos ainda precisarão ter acesso ao ar livre ou a uma bandeja de areia limpa, e os gatos que foram acostumados a sair por aí e voltar, requerem observação especial, ou seja, as regras de higiene devem ser seguidas. Limpar patas é um procedimento mínimo, porque eles têm contato com o chão e vários espaços públicos potencialmente perigosos. 

    No caso de atividades, são recomendáveis as informações da matéria COMO ENRIQUECER O AMBIENTE DE SEU GATO do nosso portal.

    Apenas sugerimos uma atividade que é uma espécie de simulação de caça, que á principal atividade do gato na natureza.

    Para um gato doméstico, você pode simular essa ocupação usando iscas. A ideia é apresentar a ele algo que pareça ser um obstáculo ao objeto a ser caçado a partir de um ataque a ele ou ao obstáculo a fim de se chegar ao objeto do desejo.

    Objetos móveis que refletem a luz, esferas brilhantes que se movem até as patas do gato, varas de pesca em miniatura que movimentam um jogo de pelúcia: as soluções para permitir que o gato tenha a simulação de obstáculo e ataque são realmente numerosas.

     

    Cuidados específicos com cães neste período de quarentena

    Talvez você não consiga passear com o cachorro como fazia habitualmente, mas há muitas maneiras de mantê-lo feliz e saudável sem passear, substituindo o exercício por outras atividades, como brincar com ele ou ensinar-lhe um novo truque. Ou por que não experimentar alguns jogos como aqueles conhecidos como jogos cerebrais com seu cão para mantê-los envolvidos?

    Recomendamos a leitura completa da matéria COMO TORNAR MAIS RICO O AMBIENTE DE SEU CÃO no nosso portal.

    A título de ilustração, sugerimos um jogo que faz o cachorro trabalhar para receber uma recompensa, como alimentos ou guloseimas, apresentados sob várias formas: brinquedo rígido para mastigar no qual se podem esconder comida ou guloseimas, dispensador de guloseimas interativo em forma de um brinquedo ou de uma bola. Em canis e com profissionais especializados também é possível obter sugestões.

     

    Banho em casa

    Além de econômica, pode ser uma atividade divertida e que aproxime ainda mais você de seu animal, permitindo-lhe até a observação de como ele se comporta (ou não) nesse momento.

    Recomendamos o segmento que trata desse tema contido no episódio 5 do Manual Pet (que foi ao ar em 31 de março de 2020 no Canal Rural e que foi disponibilizado no Youtube a partir de 1o. de abril de 2020, acessível por https://www.youtube.com/watch?v=JDkWtEy2Uis).

    Aqui apresentaremos dicas sumárias para essa atividade.

    Como está complicado levar o animal para um banho em uma loja, devemos tentar uma saída, porque, do mesmo modo que temos que cuidar de nossa pele, nossos pets também precisam de cuidados com os pelos e a pele deles. A frequência do banho dependerá de alguns fatores relacionados justamente a pelos e pele dos animais. Vejamos a seguir.

    Se o animal estiver com problemas de pele, é melhor comunicar-se com o veterinário para que ele oriente sobre a frequência.

    Para animais com subpelo, como os cães da raça Husky, Malamute do Alasca, Chow-chow, Samoieda, Collie e outros que, como estes, têm pelagem mais densa,  o banho deve ser dado uma vez por mês.

    Os demais, com pelo simples, normalmente devem ser levados à Petshop uma vez por semana. Em casa, o indicado é dar um banho a cada 15 dias, no mínimo.

     

    E as dicas para os banhos domésticos?

    A primeira é usar água morna, mesmo nos dias mais quentes, nunca água gelada nem quente.

    O segundo conselho é evitar correntes de vento no momento do banho, para que o animal não corra o risco de pegar gripe.

    A terceira recomendação é que o animal receba um tratamento de secagem bem demorado, primeiro com a toalha, depois com o secador, de modo que ele não fique com os pelos úmidos, o que favorece a proliferação de micro-organismos que podem causar problemas ao animal.

    Um procedimento de defesa é a colocação de algodão na orelha do animal antes do banho, para evitar que entre água no conduto auditivo, o que pode causar algum tipo de problema decorrente da umidade, como proliferação de fungos, por exemplo. Se você, sem querer, acaba encharcando o algodão, substitua-o, para não deixar que nada úmido incomode o ouvido do animal.

    Outra defesa é evitar que produtos usados no banho, como sabonete, xampu e condicionador, entrem em contato com os olhos, as narinas e a boca do cão, que podem provocar problemas desde irritação até a náuseas no animal.

    Caso seja impossível dar banho em casa, ou você ainda insista na petshop, veja antes como a sua favorita ou aquela em que for possível utilizar tal serviço está trabalhando, para evitar problemas inclusive para você.

    Agora, com os gatos, é mais simples, porque eles precisam de banhos muito menos do que os cães, já que normalmente mantêm hábitos de higiene mais rigorosos por si mesmos. Os banhos têm uma outra frequência: depende também da reação da pele do animal. O menor período aconselhado é de 5 em 5 semanas; o maior costuma ser de 6 em 6 meses. Conhecer seu felino é a melhor dica, junto com as apresentadas acima sobre os banhos domésticos para pets.

     

    Rações

    No mercado, há muitas rações disponíveis. Na internet, acham-se matérias sobre as melhores rações, com preços indicativos de acordo com a quantidade. Há, por exemplo, ração para filhotes, em pacotes de 900 g, com custo inferior a R$ 60,00; ração em pacotes de 7 kg custando R$ 97,90.

    Uma boa pesquisa, inclusive considerando a qualidade da ração, pode determinar a melhor relação entre custo e benefício ao seu animal e ao seu bolso.

    Quanto à ração a granel, é preciso tomar cuidado para verificar o acondicionamento, que, se não for adequado, pode propiciar a proliferação de fungos ou até permitir o aparecimento de algum rato para servir-se da iguaria. Nem sempre o baixo preço compensa. Então, a confiabilidade em quem vende o serviço ainda é o melhor indicador. Saiba economizar.

    O principal é que haja equilíbrio em todos os aspectos, para que medidas drásticas não sejam implantadas, como desfazer-se do animal ou economizar em coisas básicas e imprescindíveis.

     

  • Passeando e brincando com cães na quarentena

    Passeando e brincando com cães na quarentena

    Para os donos de gatos, cuja maioria não sai para passear, a situação não será particularmente difícil no que diz respeito a sair na rua com ele – tudo o que você precisa fazer é fornecer ao seu gato alimentos e acesso à caixa de areia, além de um enriquecimento ambiental (veja nossa matéria a respeito – clique aqui). Mas o que fazer com o cachorro em época de quarentena?

    Se você tiver a oportunidade, caso não queira você mesmo fazer o passeio, peça a alguém conhecido ou a um passeador profissional para passear com o cachorro ou deixe-o aos cuidados de alguém da família ou amigos até que você possa fazer caminhadas novamente. Sempre com os devidos cuidados principalmente para com você e as demais pessoas envolvidas, pois, como veremos, os cães não são afetados pela doença nem a transmitem.

     

    A solidariedade segundo o exemplo da Polônia

    Na Polônia, por exemplo, se um tutor não tiver ninguém por perto para quem possa confiar os cuidados do cão ou pedir ajuda para passear com ele, foram criados grupos em redes sociais, um deles com o curioso nome de “Cachorro na época do corona”, cujos membros oferecem ajuda para passear com o cachorro; em algumas cidades daquele país, há também grupos de apoio, como o “mão visível”, para esses casos.

    Aqui estão algumas regras que os membros do grupo “Cachorro na época do corona” nos lembram. Lembre-se deles quando deixar o cachorro aos cuidados de outra pessoa que o conduzir no passeio.

    1.       Evitar contato com o ser humano

    Evite o contato com a pessoa para quem você passa o cão, de preferência coloque seu animal de estimação do lado de fora da porta com a guia e a coleira, de preferência higienizadas.

    1.       Confie a alguém com proteção

    A pessoa que passear com o cachorro deve usar luvas e evitar tocá-lo.

    Uma boa solução é colocar uma fita vermelha no cachorro, que é um sinal de que o tutor, por várias razões, não deseja que ele seja abordado ( você pode ler mais sobre as fitas de identificação, clique aqui).

    1.       Distância

    Mantenha uma distância mínima de um metro de outras pessoas.

    1.       Horário mais adequado

    Tente sair de madrugada quando houver poucas pessoas nas ruas – de manhã cedo e tarde da noite.

    1.       Sacos

    Colete excrementos de cães nos saquinhos adequados.

    1.       Higiene

    Lave bem as mãos depois de voltar – esfregue-as por, pelo menos, 20 segundos.

    1.       Se enfermo ou idoso com dificuldades, não saia

    Se você estiver doente, fique em casa! Peça ajuda à sua família, amigos ou vizinhos para passear com o cachorro. Você, doente ou idoso com problemas, é mais suscetível a algo que, com imunidade baixa, pode atacá-lo, como esse terrível vírus.

    1.       Máscaras

    Não use uma máscara para cães. Eles não representam perigo para as pessoas. 

    Resumindo: não entre em pânico! Se você precisar passar por quarentena, aproveite a oportunidade para seu cão ou gato ficar com você ou com outras pessoas até que este pesadelo diminua.

     

    Gasto de energia entre quatro paredes

     Se a caminhada for possível apenas de forma limitada devido a quarentena ou a toques de recolher (não devemos nos esquecer de que em alguns lugares as coisas são mais radicais), tente manter seu cão ocupado com as brincadeiras que desafiam os sentidos e a capacidade de resposta de seu cão. Por exemplo, faça os seguintes truques que você pode treinar com seu cão (dicas da treinadora de cães Anja Petrick, da Alemanha, testadas por ela neste duro período de quarentena naquele país e que funcionaram).

    Truque 1: Girar

    O objetivo do truque é que o cão responde ao comando “Girar!” uma vez.

    Processo:

    • Tenha guloseimas em sua mão em uma quantidade generosa – seu cão deve apreciá-las; do contrário, a brincadeira iniciará mal.
    • Guie o cão numa trajetória em círculo atraindo-o com a insinuação de que vai lhe dar a guloseima.
    • Verifique se a trajetória em círculo é grande o suficiente, especialmente para raças maiores e que ainda não têm um treinamento sobre isso.
    • Se o truque funcionar bem com guloseimas, retire-as aos poucos e continue trabalhando com sinais manuais apenas.
    • Gradualmente, deixe o sinal manual “diminuir” até que seja suficiente apenaso comando com apenas um dedo associado ao comando verbal “girar”.

    Esse truque também é bom para cães mais velhos, os quais costumam ser menos ativos. Para cães com movimentos mais rígidos, certifique-se de que o círculo esteja num tamanho adequado a eles (a medida é o cansaço deles: se cansarem demais, reduza o diâmetro do círculo imaginário) e que os cães girem lentamente para que não se machuquem.

    Truque 2: Desafio do focinho

    O objetivo do truque é que o cão coloque o focinho em um círculo que é formado com os dedos do tutor.

     Processo:

    • Forme um “L” com o polegar e o indicador.
    • Atraia o cão com guloseimas para este “L” para que o focinho dele acabe repousando sobre os dedos.
    • Agrade o cão exatamente nessa posição.
    • Atraia o animal reduzindo as guloseimas a cada nova vez.
    • Aumente a distância até o cachorro e corra apenas um passo; depois, cada vez mais longe, dê o comando para ele colocar o focinho no ‘L’ formado por seus dedos.


    Truque 3: Desenrolar o tapete

    O objetivo do truque é que o cão abra um tapete enrolado e se sente nele.

    Processo:

    • Enrole o tapete e coloque nas voltas enroladas algumas guloseimas.
    • Mostre ao cão a primeiro camada enrolada e incentive-o a cutucar o tapete para que ele possa ser estendido (desenrolado).
    • Se isso der certo, vá reduzindo as guloseimas até que exista apenas uma escondida no tapete no final.

    Se você quiser que o cachorro se sente ou se deite no tapete, no fim, crie esse truque de cabeça para baixo:

    • Coloque o tapete no chão e deixe o cachorro sentar-seou deitar-se nele.
    • Se o cachorro fizer isso sozinho, assim que vir o tapete, enrole o tapete por apenas duas voltas, para que o cão apenas dê uma cutucada uma vez para que o tapete seja desenrolado, então dê o comando “Sentar!” ou “Deitar!” (ou qualquer forma de imperativo a que você tenha acostumado seu cão: “Senta”, “Sente”, etc.
    • Continue a sequência de enrolar, desenrolar, sentar-se, deitar-se quantas vezes conseguir e quantas seu animal conseguir reproduzir.
  • O enriquecimento ambiental para o cão

    O enriquecimento ambiental para o cão

    Como estimular a atividade mental e física do seu pet?

    O enriquecimento ambiental para o cão é definido como as interações sociais ou as mudanças no ambiente do cão, a fim de estimular sua atividade mental e física. O enriquecimento é projetado para reduzir o estresse e o tédio e manter a forma física e a acuidade mental do animal. Existem cinco tipos de enriquecimento: sensorial, alimentar, físico, social e mental. Normalmente, todo cão requer cada um desses tipos de enriquecimento diariamente. Em alguns casos, porém, durante o repouso pós-operatório, por exemplo, o exercício não é viável para o cão. Neste caso específico, é importante dar como compensação outros tipos de enriquecimento. Além disso, várias atividades podem incluir mais de um tipo de enriquecimento. A título de exemplos: brincar sozinho com um brinquedo no qual o alimento está escondido permite o enriquecimento alimentar e o mental; brincar com outro cão permite o enriquecimento físico, o mental e o social. A tabela a seguir descreve os diferentes tipos de enriquecimento e dá exemplos do que pode ser alcançado como um enriquecimento ambiental para o cão.

     

    Diferentes tipos de Enriquecimento Ambiental

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Sensorial

    01 manual pet noticia 45 imagem 1 | Manual Pet

     

    Descrição: Fornecer um ambiente diversificado para atender a necessidade do cão de investigar e fazer escolhas; apresentar atividades para que ele explore todos os sentidos, ou seja, olfato, audição, visão, tato e paladar.

    Exemplos:

    1. Ofereça diferentes tipos de nichos ou áreas de descanso (cama, banco, esconderijo).
    2. Ofereça brinquedos, faça rodízio dos brinquedos (uma vez por semana) para algo novo.
    3. Ofereça brinquedos para roer (osso de mastigar, brinquedo resistente a nylon).
    4. Leve o cachorro para um parque ou dê um passeio com o cachorro para que ele possa sentir e explorar o ambiente.
    5. Jogos de faro para que o animal tente descobrir onde está o alimento.

    Considerações: O cão medroso provavelmente precisará de menos coisas novas, pois estas podem causar medo em um animal suscetível. O cão medroso poderia se beneficiar de mais esconderijos para fazê-lo se sentir confortável. O animal deve ser monitorado ao ser apresentado a novos brinquedos para garantir que ele não tente ingeri-los.

     

     Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Alimentar

    Descrição: A ideia neste tipo de enriquecimento é trabalhar para ganhar a recompensa

    01 manual pet noticia 45 imagem 2 | Manual Pet

     

    Exemplos:

    1. Obstáculos a serem vencidos para que se consiga alcançar o alimento.
    2. Jogos interativos com ossinhos para desafiar o animal a esforçar-se para apanhá-los.
    3. Exercícios com brinquedos interativos para que o animal vá buscar o petisco dele.

    Considerações: Nem sempre se consegue o mesmo efeito para animais de porte e idade diferentes, além de que há a interferência da ansiedade, além da condição do treinador de conduzir a atividade com o animal. É preciso saber dosar bem a atividade, saber recompensar adequadamente e usar essa atividade junto com outros enriquecimentos.

     

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Físico

    Descrição: Atividade física.

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    Exemplos:

    1. Dar uma volta.
    2. Jogar a bola para o cachorro a traga de volta.
    3. Lutar amigavelmente com outros cães ou com um ser humano.
    4. Jogo entre cães ou com humanos.
    5. Rampas e prateleiras para que tenham visões diferentes do ambiente e também se movimentam em mais de uma dimensão.

    Considerações: A idade e a saúde física do cão podem colocar limites na duração ou intensidade do exercício.

     

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Social

    Descrição: Oportunidade de interagir com humanos ou outros animais de forma positiva.

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    Exemplos:

    1. Jogo entre cães ou com humanos.
    2. Treinamento (reforço positivo).
    3. Interação no banho e higienização (se o cão gostar da interação nesse momento; caso contrário, guloseimas e brincadeiras são essenciais como

    reforço positivo num processo de treinamento para o ato de tomar banho e higienizar-se).

    1. Ambientação em canis – sempre devemos nos lembrar que o cão é um animal de matilha.

    Considerações: Não é necessário sempre apresentar novos amiguinhos ao cão ou colocá-lo em um grande grupo. Ele será capaz de praticar suas habilidades sociais com um ou dois de seus amigos caninos. Seria importante monitorar qualquer introdução de cães desconhecidos ou não tão familiares, para garantir que eles não se envolvam em brigas ou outras interações adversas. Cães agressivos ou ansiosos na presença de outros cães podem não ser capazes de se beneficiar de interações com outros cães ou só conseguirão interagir com cães específicos.

     

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Mental

    Descrição: Levar o cachorro esforçar-se para obter algo; a resolução de problemas também é para os caninos.

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    Exemplos:

    1. Treinamento de obediência ou outras atividades (passeios, agilidade, rastreamento ou detecção de odor) por reforço positivo (doces ou brincadeiras).
    2. Jogo que faz o cachorro trabalhar para receber uma recompensa, como alimentos ou guloseimas, apresentados sob várias formas: brinquedo rígido para mastigar no qual se podem esconder comida ou guloseimas, dispensador de guloseimas interativo em forma de um brinquedo ou de uma bola.
    3. Jogo entre cães ou com humanos (em canis e com profissionais especializados em comportamento animal, é possível obter muitas sugestões).

    Considerações: O nível de dificuldade dependerá das habilidades do cão. O cão também deve ser monitorado após a introdução de novos brinquedos para garantir que ele não tente ingeri-los.

  • Território do gato

    Território do gato

    Mesmo em um espaço pequeno, é possível permitir que o gato construa um território adequado.

    Em casas pequenas ou apartamentos, uma solução possível para poder ter mais espaço pode ser aproveitar a dimensão vertical, particularmente apreciada pelo gato que, na natureza, passa muito tempo escalando árvores.

    Para isso, basta introduzir prateleiras, poleiros, arranhadores em andares ou recipientes pendurados nas paredes.

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    Figura 1: Um arranhador em andares bastante bem elaborado.

     

    Para gatos particularmente tímidos e temerosos, não os que lutam para se integrar com os seus iguais, o espaço vertical oferece a possibilidade de ter mais controle sobre o meio ambiente.

    Uma vez que seja garantido o espaço mínimo, é a qualidade, mais do que a quantidade, que faz a diferença. A qualidade é garantida através da criação de áreas de descanso suficientes, esconderijos e barreiras visuais (como painéis verticais ou cortinas).

    Não se deve esquecer de que, além de outras coisas,  o território do gato é dividido em áreas: áreas de caça, áreas de eliminação, áreas de descanso, áreas de alimentação.

    Recriar tal disposição em casa ajuda o gato a se sentir mais confortável. Daí a necessidade de manter a área onde as tigelas com comida e água são colocadas bem separadas da área onde está localizada a caixa do banheiro.

    A presença de esconderijos no ambiente dá ao gato a oportunidade de lidar melhor com qualquer situação perigosa e estressante. Esconder-se, na verdade, é um mecanismo de enfrentamento para essa espécie animal.

    O espaço interno também deve ser mobiliado com caminhas tanto no chão quanto acima do chão. Essas caminhas terão que ser em número suficiente para todos os gatos da casa.

    Mas no habitat felino perfeito, não podem faltar arranhadores verticais e/ou horizontais (dependendo das preferências do gatinho).

    O gato arranha para marcar o território, para afiar suas unhas, para fazer exercício físico (alongamento) e fortalecer os músculos úteis para desenrolar as garras.

    Se o gato não tiver um substrato adequado para arranhar, ele pode escolher como arranhadores alguns móveis da casa (por exemplo, cantos dos móveis, sofá, tapetes, etc.), despertando, assim, a ira dos proprietários.

    Para resolver esse problema, é necessário evitar que o gato acesse tais móveis e colocararranhadores nas áreas visadas pelo animal.

    Se a caça é importante para a ingestão de alimentos em rações múltiplas, é também a principal atividade do gato que vive fora.

    Para um animal que não pode sair, você pode simular essa ocupação usando iscas.

    Objetos móveis que refletem a luz, esferas brilhantes que se movem até as patas do gato, varas de pesca em miniatura que movimentam um jogo de pelúcia: as soluções para permitir que o gato tenha a simulação de obstáculo e ataque são realmente numerosas.

    É essencial que os proprietários entendam a necessidade absoluta de evitar punições físicas. Não há hierarquia e, portanto, não há submissão.

    Antecipe-se: enriqueça o ambiente onde vive seu gato, e ele devolverá a você a satisfação de poder brincar e interagir com o ambiente de maneira saudável e tranquila para ele e para você.