Categoria: Cuidados

  • Tudo sobre Dachshunds

    Tudo sobre Dachshunds

    Por que o nome ‘cão texugo’?

    O termo Dachshund (literalmente, ‘cão texugo’) refere-se ao fato de que, no passado, esses cães eram empregados para expulsar texugos das cercanias das cortes e para persegui-los nas áreas de caça.

    A raça é caracterizada pela altura proporcionalmente menor que o comprimento, e essa sua forma muito curiosa o torna particularmente popular entre as crianças. É um cão de caça e companheiro, selecionado para perseguir animais selvagens na intrincada vegetação rasteira, além de enfrentá-los em tocas subterrâneas.Essa sua condição de até se enfiar em tocas assemelha-o, nesse aspecto, realmente, aos texugos, sendo fácil para ele expulsar os texugos até das tocas onde estiverem. Ele, então, na essência, é uma espécie de cão texugo, sim.

    Logicamente, o apelido de salsicha ou salsichinha é bastante óbvio: deve-se ao formato de seu corpo, especialmente nos cães da variedade de pelo curto.

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    A história do ‘baixinho’

     

    Muitos baixinhos fizeram história no nosso país, como é o caso dos Dachshunds, mas a história das origens do ‘salsicha’ não são muito claras. A raça, segundo vários escritores e especialistas na raça, teria surgido no antigo Egito, onde se descobriram gravuras que representavam cães com patas curtas, teoria que ganhou enorme credibilidade quando a Universidade americana do Cairo descobriu restos mumificados de cães muitíssimo assemelhados aos Dachshunds, extraídos de urnas funerárias egípcias antigas.

    As primeiras referências que se podem verificar modernamente à raça vêm de livros escritos no início do século XVIII. Anteriormente, havia referências a cães que caçavam texugos, mas as referências são mais ao propósito em si (caçar texugos) que a raças específicas. O cão inicialmente era conhecido como Dachs Krieger (ou guerreiro texugo).

    Em sua encarnação moderna, o Dachshund foi desenvolvido como raça por criadores alemães e  inclui elementos típicos de cães e terriers alemães, franceses e ingleses. Os Dachshunds foram criados em cortes reais em toda a Europa, incluindo a da famosa rainha inglesa Vitória, que governou o Reino Unido de 1837 até 1901, particularmente apaixonada pela raça. Em todas as cortes em que foram criados, o objetivo dos criadores era levá-los a serem caçadores de texugos.

    Há algumas controvérsias quanto a esse uso específico, porque o prestigiado American Kennel Club afirma que a criação já vem do século XV, sem necessariamente a associação com a caça ao texugo. O Daschund Clube of America, que é especializado na raça e procura conhecer tudo o que se refere a ela, afirma que guardas florestais alemães dos séculos XIX e XX foram os primeiros a terem criado essa raça. Nos Estados Unidos, os de manchas duplas foram introduzidos no final do século XIX. O curioso é que essa variada é muito propensa a cegueira e surdez, o que dificultaria sobremaneira as manobras de caça.

     

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    Como são os Teckels?

    Os Dachshunds originais eram maiores que a variedade moderna de tamanhos, pesando entre 14 e 18 kg. Embora a raça seja famosa por seu uso para caçar texugos e pelo jogo sangrento e ilegal de isca de cães nos Estados Unidos, os Dachshunds têm sido comumente usados para a caça de coelhos ou raposas, para localizar cervos feridos e, em certos casos, eles eram conhecidos por de caçar animais grandes, como javalis.

    O tamanho não se refere à altura das patas à cernelha, mas à circunferência do peito, maior que 35 cm para o Dachshund padrão, maior que 30 cm para o Dachshund anão e até 30 cm para o Dachshund Kaninchen (ou coelho, no alemão). Todos eles devem ter suas medidas tomadas após 15 meses de idade.

    Há três tipos de Dachshunds reconhecidos pelos criadores: os de pelo curto, os de pelo longo e os de pelo duro.

    As cores reconhecidas pelos criadores são:

    Pelo curto: preto bronzeado (ou acastanhado, como alguns preferem); dourado ou castanho-avermelhado; e arlequim (vários tons de cores, chamado também de tigrado).

    Pelo longo: preto acastanhado, mogno e arlequim.

    Pelo duro: cor de javali; loiro-trigo (chamado de folha seca); chocolate e preto acastanhado – as duas últimas são pouco difundidas, por conta da recessividade do tipo de cor.

    As variedades mais comuns são as de pelo curto e de pelo duro, sendo que esta última tem sido muito utilizada na caça em tocas (querendo os americanos ou não, a raça parece realmente ter sido gerada para esse fim), também na superfície, para a caça à lebre e ao javali e em tarefas muito importantes como a busca por fugitivos de prisões, a partir de vestígios de sangue, por exemplo.

    O tipo mais conhecido de Dachshund de pelo longo tem o pelo macio e de cor castanha. O tipo de pelo longo preto, liso e brilhante, é mais raro, e às vezes traz uma mancha branca, mais ou menos longa, no peito.

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    Cuidados específicos

     

    Devido à sua forma alongada, o Dachshund pode estar sujeito a problemas ortopédicos e, portanto, é essencial não permitir que o cão engorde.

    Apesar da constituição física não particularmente robusta, o Dachshund consegue enfrentar mesmo cães muito maiores. Há um caso de um Dachshund que numa região da Itália conseguiu rasgar um Pit Bull e ficou famoso pela façanha.

    Quanto à alimentação, sabe-se que o Dachshund é muito guloso, sendo que em algumas regiões da Itália, por exemplo, alguns já escolheram sua iguaria favorita, as trufas brancas, que são algo muito apreciado e extremamente caro. Bom gosto, afinal, tem seu preço, não é mesmo? O pessoal da região diz que um Dachshund seria capaz de comer até um quilo de trufas brancas em um único dia, obviamente a um custo altíssimo para os donos, tanto em termos do valor do alimento quanto para a saúde do animal, já que não é nada aconselhável para um cão empanturrar-se com nenhum alimento – longe disso!

    Nos Dachshunds de pelo curto, atenção especial deve ser dada à garganta, em caso de climas não particularmente amenos; portanto, é aconselhável que eles usem um xalezinho para protegê-los de frio intenso.

     

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    Caráter predominante

     

    Praticamente todos os Dachshunds são muito animados. Eles geralmente gostam de brincar com o dono e, às vezes, até caçar e nadar. Com a velhice, porém, essa características se perdem gradualmente. Se o cão ficar sujeito a doenças, é muito provável que ele perca toda a sua vivacidade.

    O Dachshund é um cão sociável e pacífico com outros cães, mas também orgulhoso e desconfiado. Se abordado por outro cão particularmente animado, ele pode se sentir ameaçado. Cabe ao proprietário servir como mediador para evitar comportamentos indesejados em contextos públicos.

    Veja mais no vídeo “Guia da raça”:

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  • Por que o meu gato fica tão agitado?

    Por que o meu gato fica tão agitado?

    Há vários estudos comportamentais sobre gatos que mostram uma explosão de vitalidade do nada, que geralmente não envolve ativamente os donos, mas os torna apenas os observadores da movimentação muito grande dos felinos. E o que é pior: esses momentos acontecem especialmente à noite, talvez enquanto os tutores decidem relaxar em frente à TV após um dia cansativo de trabalho.

    Por que isso acontece?

    Vamos começar supondo que isso é um excesso de energia, que o gato expressa com uma alegria a mais, porque ele, na natureza, é um predador muito ativo que, ao se alimentar de presas pequenas (principalmente roedores ou outros mamíferos muito pequenos), deve fazer de 10 a 15 refeições por dia e, para conseguir isso, faz viagens de caça! Muitas das quais não são bem-sucedidas, às vezes chegando a umas 40 por dia, o que o faz gastar bastante energia. Isso… na natureza!

     Agora, na nossa vida urbana sedentária, eles não precisam caçar nada e acabam acumulando energia que não extravasam e que é liberada nesses lampejos de repentina “loucura”.

    Mas essa energia é preocupante?

    Não, porque é algo alegre e que geralmente não traz danos a móveis e acessórios, ainda que o gato fique zanzando e trepando por eles agitadamente – ele, claro, já terá uma rotina e saberá muito bem como fazer até para não cair.

    Por que sempre à noite?

    Mas que diabos tem que ser a agitação justamente à noite?

    Digamos que o gato é um animal crepuscular, portanto, é mais ativo nos momentos de transição entre claro e escuro e vice-versa, o que significa que também o amanhecer é outro momento de muita atividade, às vezes para nossa frustração – justamente no momento em que queríamos esticar um pouco mais o sono!

    Esses momentos geralmente coincidem também com a presença dos donos em casa. Às vezes, se o gato está entediado, ele, diante de um pouco de vida estimulante, a partir da expressão fisiológica da vitalidade, exibe uma atividade que pode se transformar em um estado de excitação excessiva, com o objetivo de desencadear uma reação em nós, humanos, seja ela qual for, mas sempre com o sentido de chamar a nossa atenção.

     

    O que fazer se o gato exagerar?

    1ª.) Nosso gato está feliz, e estamos oferecendo a ele uma vida satisfatória em relação às suas necessidades?

    Se ele não estiver confinado em casa sozinho o dia todo, mas puder sair e caçar (junto ao dono em passeios controlados), se não for excitado demais por brincadeiras, suas manifestações de “loucura” provavelmente serão equilibradas e alegres.

    2ª.) Oferecemos estímulos, enriquecimento ambiental, jogos interativos e exploratórios?

    A melhor ferramenta para brincadeiras que simulem atividades predatórias (de caça e presa) é a vara de pescar, porque dissocia o movimento da nossa mão do da “presa”.

    3ª.) Em caso de comportamento hostil, evitamos qualquer reação?

    À noite, ou de madrugada, às vezes é espontâneo “ceder”, levantar-se e talvez dar comida para que o bichano dê uma trégua. Cuidado: isso fará nosso amigo entender que sua estratégia foi bem-sucedida, e ele insistirá nela, enriquecendo-a com sua imaginação!Cuidado também com punições, porque, mesmo uma leve punição representa uma reação, que não é satisfatória, mas que de alguma forma estimula o animal e pode desencadear um círculo vicioso feito de nervosismo e agressão.

    O melhor é o tutor fingir que não percebeu nada: dado o fracasso de sua estratégia perturbadora, o gato a abandonará. Mas tenha cuidado, porque, uma vez que um ritual tenha sido estabelecido, uma noite não será suficiente para voltar à paz: nossos amigos sabem ser muito persistentes!

    É, tutores: educar exige paciência!

  • Cão de campo: Ajuda ou atrapalha na lida?

    Cão de campo: Ajuda ou atrapalha na lida?

    Mantenha as raças em mente

    Embora muitas raças sejam adequadas para ambientes rurais, os cães maiores tendem a gostar de morar em um lugar onde há espaço aberto para correr e brincar.

    Se você tem ou está pensando em adquirir um cão maior, certifique-se de ficar de olho neles enquanto eles estão explorando, para que não se afastem.

    Se você mora em uma fazenda, cães maiores, como Border Collies, Pastores Alemães, Pastores Ingleses Antigos ou Pastores Australianos, são grandes raças para ajudar no pastoreio ou em outras tarefas agrícolas.

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    Figura 1: Um cachorro da raça Border Collie

    Deixe seu filhote vagar livremente – com alguns limites

    Viver em uma cidade menor ou ambiente rural significa que você pode ter um quintal grande.

    Aproveite esse espaço aberto e deixe seu animal de estimação se divertir correndo.

    Um quintal fechado ou grandes acres de terra são ótimos lugares para o seu filhote brincar em um ambiente seguro, longe do tráfego.

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    Figura 2: Um cachorro correndo ao ar livre

     

    Socialize seu animal de estimação

    Enquanto vive em uma comunidade menor, pode ser difícil para seu amigo fazer amigos ou socializar com outros animais de estimação.

    Se a sua comunidade possui um parque para cães, faça da parada no parque uma parte de sua caminhada diária – seu filhote irá adorar passear com outros amigos peludos com os quais eles normalmente não conseguem interagir.

    Se você não mora perto de um parque para cães, não se preocupe!

    Muitas comunidades oferecem creches para cães, onde seu bebê de pêlo pode se encontrar e brincar com outros cães da comunidade.

    Antes de visitar uma creche para cães, certifique-se de proteger seus animais de estimação contra a gripe canina com uma vacinação anual .

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    Figura 3: Filhotes de Border Collies

     

    Mantenha seus animais de estimação seguros

    Viver em um local rural pode ser uma experiência maravilhosa para você e sua família, especialmente animais de estimação!

    Mas estar cercado por terrenos abertos pode facilitar a fuga dos animais de estimação se eles encontrarem um portão aberto ou uma saída da sua propriedade.

    Certifique-se de colocar um microchip e registrar seus animais de estimação com empresas especializadas e manter seus dados atualizados, para que você tenha salvaguardas, caso seu amigo peludo fuja.

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    Figura 4: Border Collie dentro de casa

     

  • A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) felina

    A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) felina

    As cardiomiopatias são problemas de saúde cada vez mais frequentes na rotina do médico veterinário de pequenos animais. São classificadas em quatro categorias gerais: cardiomiopatia hipertrófica, cardiomiopatia dilatada, cardiomiopatia restritiva e cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito.  

    A cardiomiopatia hipertrófica felina (CMM ou mais comumente abreviada HCM em inglês) não é uma doença cardíaca, mas uma síndrome, comum a muitas doenças (cardíacas ou não).

    A síndrome é um conjunto de sinais e sintomas clínicos que um paciente pode apresentar em determinadas doenças, ou em circunstâncias clínicas que não são necessariamente patológicas. 

    A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é o principal problema de saúde relacionado ao coração dos felinos, caracterizado por hipertrofia ventricular esquerda, sem dilatação. É uma síndrome que afeta especificamente o miocárdio, que é o músculo do coração. A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma resposta adaptativa do coração à hipertensão arterial. Embora compensatória, essa hipertrofia predispõe à morbidez e até à morte do animal, além de ser importante fator de risco para a insuficiência cardíaca. 

     

    Causas da Síndrome

    As causas da cardiomiopatia hipertrófica (CMH) primária ou idiopática em gatos não são completamente conhecidas, mas reconhece-se uma anormalidade genética em alguns casos, mas ela pode ser secundária a outras doenças, como o hipertireoidismo ou a mutações na proteína C. 

    A maioria dos casos de CMH em gatos são resultado de uma doença geral como: hipertensão arterial, insuficiência renal crônica, hipertireoidismo, etc. Em caso de suspeita de CMH, deve-se começar procurando por uma doença geral.

    As causas genéticas não são tão comuns como às vezes se lê, e apenas certas mutações em certas raças são conhecidas até hoje, especificamente nas raças Maine Coon e Ragdoll, mas, segundo alguns estudos recentes, outras raças podem também ser afetadas, como veremos adiante. 

    A síndrome se caracteriza por um aumento na espessura e rigidez da parede ventricular esquerda, com consequente disfunção diastólica, ou seja, mau desempenho do relaxamento muscular do coração do animal, acompanhado de dificuldade no enchimento dos ventrículos. A valva mitral, que, por ser valva, faz o sangue fluir num único sentido, acaba regurgitando, ou seja, fazendo o sangue fluir no sentido oposto, em função da deficiência no enchimento dos ventrículos, levando a um aumento do átrio esquerdo do coração e consequente edema (inchaço) pulmonar originado no coração, o que pode levar a uma parada respiratória, se agudo. 

    Com o avanço da medicina veterinária moderna, no entanto, diversos problemas de saúde puderam ser abordadas com maior sucesso na clínica médica de pequenos animais, tais como a CMH felina. 

    A cardiomiopatia hipertrófica possui um amplo espectro clínico, variando de patologia leve sem sinais clínicos (apresentando apenas sinais subclínicos) à doença grave com complicações associadas, como distúrbios arrítmicos e morte súbita.

     

    Como é diagnosticada a cardiomiopatia hipertrófica felina e a dificuldade de obtenção de diagnósticos com custo acessível

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    O exame físico desempenha um papel limitado no diagnóstico dessa patologia. A sensibilidade e a especificidade da ausculta do veterinário para detectar patologia cardíaca são precárias, porque a maioria dos gatos com cardiomiopatia hipertrófica não apresenta anomalias auscultativas, e alguns deles apresentam sopro cardíaco fisiológico devido à obstrução dinâmica do ventrículo direito, sem que isso se caracterize como CMH. 

    O diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica felina é feito por ecocardiografia e é sempre um diagnóstico de exclusão. Um diagnóstico preciso da cardiomiopatia hipertrófica pode ser realizado se um espessamento de toda a parede do ventrículo esquerdo (ou uma região maior que 6 mm) for observado na ausência de hipertireoidismo, pressão alta e desidratação grave (ou seja, por exclusão dessas patologias). 

    Na CMH, ocorre o espessamento da parede cardíaca, geralmente acompanhado por um aumento no tamanho dos músculos papilares (encontrados nos ventrículos) e observa-se a obstrução da cavidade esquerda no final da sístole cardíaca (contração do músculo do coração). 

    Outros resultados que podem ser observados no ecocardiograma são: dilatação do átrio esquerdo e movimento da valva mitral anterior funcional por obstrução dinâmica na saída de sangue do ventrículo esquerdo. 

    Mas a ecocardiografia ainda é um procedimento oneroso, então, são necessários testes mais baratos e acessíveis para o diagnóstico da cardiomiopatia hipertrófica felina.

    Uma alternativa poderiam ser os biomarcadores de plasma ou soro, os quais têm sido utilizados na medicina humana para avaliar doenças cardíacas. A detecção da extremidade N-terminal do pró-hormônio do peptídeo natriurético cerebral (NT-proBNP) em gatos foi recentemente disponibilizada. Isso levou a comunidade científica a começar a explorar a utilidade desse biomarcador em problemas cardíacos em gatos. Há, nesse sentido, um importante estudo publicado na respeitadíssima publicação veterinária Journal of Veterinary Internal Medicine, disponível a importantes centros universitários europeus e dos EUA. 

    Segundo o estudo, o NT-ProBNP foi considerado útil para o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica grave, mas não se mostrou sensível para o diagnóstico da ocorrência moderada ou leve da síndrome. Os autores do estudo concluíram, portanto, que o NT-ProBNP não pode ser usado para a triagem de cardiomiopatia hipertrófica, pois formas moderadas e leves da síndrome não seriam identificadas.

    Uma vez que o histórico do paciente e exames clínicos que consigam perceber algo além dos meramente físicos, como um ecocardiograma, apontem para a existência de insuficiência cardíaca, o exame que se usa para identificar um miocárdio ampliado é, atualmente, o ultrassom cardíaco. Se o exame confirmar a presença de um HCM, uma possível causa deve ser encontrada, inclusive através de exames de sangue e de uma aferição de pressão arterial.

    No caso específico de causas genéticas, temos que ficar atentos principalmente às  raças Maine Coon e Ragdoll, que são as mais suscetíveis a contraírem a síndrome no processo de reprodução com a interferência humanal, e a pesquisa (impulsionada pelos criadores de Maine Coon a partir do início da década de 1990) chegou a identificar uma mutação genética específica para o Maine Coon e o Ragdoll, detectável por teste de DNA. Este teste de DNA detecta a mutação do gene MyBPC3 em ambas as raças. Como se sabe que há pelo menos uma outra causa de HCM em gatos, este teste de DNA, por si só, não é suficiente para dizer se um gato está imune à síndrome ou não. É necessário completar com ecocardiogramas a partir dos 18 meses de idade. Os ultrassons de modo 2d e de modo M medem a espessura das paredes do coração e o tamanho das cavidades às quais é adicionado um ecodoppler colorido, mais preciso do que o ecodoppler pulsado ou o ecodoppler contínuo. Este último ultrassom permite uma visão do fluxo sanguíneo dentro do coração. Algumas clínicas veterinárias também possuem equipamentos para realizar ecodopplers de tecido, que podem detectar formas anteriores da síndrome.

    A detecção, como se pode deduzir, é bastante sofisticada e onerosa. 

     

    Sintomas

    Aqui também, a situação é muito confusa, pois alguns animais podem, embora estejam acometidos por uma forma grave da síndrome, não apresentar sintomas ou anormalidades durante a auscultação cardíaca. Esta situação explica uma série de mortes súbitas encontradas entre felinos domésticos. Como dissemos acima, o exame meramente físico é bastante limitado. Em geral, os sintomas incluem:

    • fadiga rápida durante o exercício físico,

    • insuficiência cardíaca (arritmia, taquicardia, sopro cardíaco),

    • embolia ou edema pulmonar,

    • dificuldade para respirar,

    • paralisia dos membros traseiros secundário à embolia de um coágulo (ou trombo) que geralmente se forma no aurículo esquerdo muito anormalmente dilatado.

    No estetoscópio, a frequência cardíaca pode ser bastante normal. No entanto, é comum que nenhum dos sintomas acima sejam notados até que ocorra a morte do gato.  

     

    Como a síndrome é transmitida

    Não há uma transmissão de um indivíduo a outro, nem de outro animal a um gato, mas apenas na forma genética, exatamente por ser uma forma genética, existe uma transmissão hereditária. As modalidades variam dependendo do tipo de mutação. Podem ser encontradas famílias inteiras de gatos com CMH. 

    Se pegarmos o exemplo de um Maine Coon, a transmissão é feita em um modo autossômico dominante com penetração completa, mas de expressão variável. A síndrome afeta, portanto, tanto os machos quanto as fêmeas, e apenas um dos pais é suficiente para transmitir a doença aos seus descendentes. Todos os gatos portadores da mutação desenvolverão a doença, mas, na comparação de um indivíduo para outro, a doença ocorrerá mais ou menos cedo e com uma intensidade diferente. 

    O mesmo acontecerá com o american shorthair ou com o ragdoll, enquanto com o persa, por exemplo, é muito menos comum porque se trata de um gene recessivo. Portanto, é preferível eliminar do circuito reprodutivo qualquer gato detectado como positivo, mesmo que a síndrome ainda não tenha ocorrido.

     

    Tratamento da causa inaugural

    Não há tratamento específico para a hipertrofia do miocárdio. Se uma causa específica for identificada, o tratamento adequado será instituído: tratamento para insuficiência renal, para hipertireoidismo, etc.

    Se houver insuficiência cardíaca induzida pelo CMH, o tratamento para melhorar a qualidade de vida do animal e prevenir possíveis complicações é instituído. Até o momento, não há consenso sobre um determinado protocolo terapêutico.

     

    Evolução

    A evolução do quadro clínico depende muito da causa responsável, das alterações do miocárdio e de outros fatores. Em alguns casos, quando o tratamento específico e eficaz permite remover a causa (ou seus efeitos), pode ser observada uma normalização das alterações no ecocardiograma, o que é um fator que está associado à cura. Por outro lado, em muitos casos, a doença pode evoluir para uma insuficiência cardíaca cada vez mais grave, até tromboembolias e até mesmo uma morte súbita.

     

    Pesquisa

    Atualmente, há criadores das principais raças envolvidas trabalhando juntamente com escolas veterinárias de todo o mundo para melhorar as soluções para a detecção de gatos portadores, a fim de melhorar eliminá-los do circuito reprodutivo. 

    Na França, por exemplo, o Departamento de Cardiologia da Escola Nacional de Veterinária de Alfort, a principal escola veterinária daquele país, está seriamente empenhado nas pesquisas sobre a síndrome.

    Muitos outros laboratórios ao redor do mundo estão trabalhando em pesquisas sobre essa síndrome. Os Drs. Meurs e Kittleson da Universidade de Califórnia a Davis estão particularmente envolvidos nessa pesquisa, assim como o Laboratório Antagene, a Escola Veterinária Dinamarquesa e a Winn Feline Health Foundation, que arrecada fundos para a pesquisa sobre o HCM para as raças de gatos Ragdoll, Norueguês e Sphynx.

     

    Os donos de gatos da raça bengal têm que se preocupar com a síndrome?

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    Segundo a professora e médica veterinária Raquel Valério, da Universidade de Évora, Portugal, no livro Clínica de animais de companhia, editado em 2016, a CMH tende a apresentar uma predisposição genética em algumas raças felinas, com maior prevalência nas raças Maine Coon, Persa, American Shorthair, Ragdoll, Bengal e Sphynx. Apesar de afetar principalmente raças puras, tem sido cada vez mais observada em gatos de pelo curto de raças indeterminadas. Tem sido relatada com mais frequência em gatos machos, mas pode também acometer fêmeas. Em sua generalidade, é descrita em animais jovens e de meia idade, embora haja uma ampla faixa de distribuição etária.

    Conclui-se que o bengal não está excluído da possibilidade de ser acometido, até por fatores hereditários, pela síndrome, principalmente porque os estudos ainda não são conclusivos sobre ela.

    Quanto às medidas a tomar por pessoas que desejam ter um gato bengal como seu animal de estimação, para evitar as questões genéticas que estão envolvidas na criação, como vimos acima, algo que ainda está dependendo de muitas pesquisas, o melhor é procurar um gatil confiável, reconhecido na área, com recomendação de veterinários, para escolher o seu bichano. 

    No caso de origens ainda não tão bem conhecidas, o jeito é cuidar bastante do seu felino e estar sempre preparado para, em caso de algum sinal da síndrome, buscar logo o exame de coração mais adequado e tentar mapear o mais rápido possível as causas e tratá-las assim como seus efeitos com a ajuda de seu veterinário de confiança. 

  • Meu gato detesta porta fechada: o que fazer?

    Meu gato detesta porta fechada: o que fazer?

    Não é só o seu. Em fóruns na Internet, em vários países é possível ler sobre donos de gatos comentando dessa mania, alguns até dando depoimentos sobre o gato arranhar a porta fechada, por exemplo. 

    Em artigos especializados sobre o assunto, mais de um conhecedor do mundo felino chama o problema de síndrome da porta fechada. Há quem afirme que não sabe se é um comportamento normal, mas, em vários fóruns, muitos tentam explicar o que é que acontece com os gatos, pois eles simplesmente não suportam ver nenhuma porta fechada. Um comentarista até garantiu que, se os gatos governassem efetivamente o mundo, mais do que já fazem com seus donos, as portas seriam definitivamente banidas da Terra.

    O que soa muito intrigante para os donos é que, sentados confortavelmente, sozinhos ou conversando com alguém, de repente ouvem o miado diante da porta ou o arranhado na superfície de madeira que traz uma maçaneta que o gato não consegue abrir,feito por seu gatinho que quer ir para o outro lado ou vir para o lado de cá.

    Quem se sente incomodado deve investir em saídas imaginativas. Mas, então, o que fazer? 

     

    Supervisores

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    Como sempre, tentar conhecer um pouco mais os nossos amigos, cada vez mais comuns no mundo todo, os gatos, é algo importante. 

    O gato é tido como uma espécie de supervisor compulsório, ou seja, ele simplesmente precisa monitorar e gerenciar todos os mínimos espaços em seus territórios. Obviamente, nós não podemos pensar em duas dimensões, temos que considerar a questão elementar para eles que é saltar, trepar nas coisas. Um gato quer liberdade e expansão. Com uma porta fechada, ele se sente sem condição de vigiar tudo e sem condição de se expandir ele apenas fica irritado com ela, e a solução que ele encontra é, além de miar, a de arranhar a madeira da porta. Se conseguir, um gato abrirá qualquer porta fechada, por sua escolha declarada e absoluta.

    Há vários proprietários que garantem que seu gato fica verdadeiramente ‘acampado’ diante da porta fechada do banheiro quando alguém fica lá fazendo suas necessidades. A impressão que temos é que o gato acredita que a pessoa possa precisar de sua orientação a qualquer momento, então, aguarda que tudo seja resolvido e a porta seja aberta. 

     

    Memória quase fotográfica

    Os gatos são famosos por terem memória quase fotográfica. Eles se destacam por aprender virtualmente cada centímetro quadrado de seu território e observar quando as coisas estão erradas. Se houver uma porta que nunca foi aberta, isso pouco interessará ao gato. Agora, se alguém a abrir, ah, a curiosidade intensa será instalada neles sobre o que está do outro lado! Já uma porta sempre aberta significa que eles instintivamente devem inspecionar o que está além da porta para ver se está tudo como deveria. Eles são ‘patrulheiros’ de seu território. Isso é considerado um comportamento normal para eles. 

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    Cadeia de predadores

    Coitado do seu bichano: ele não tem culpa de ser um excelente predador de coisas animadas, viventes, como ratos e pássaros!

    Mas, assim como caçam, também podem ser caçados. Há países, como na Inglaterra, por exemplo, em que raposas já tiveram a condição de matar gatos, o mesmo acontecendo nos EUA com coiotes e linces, os predadores, naquele país, dos bichanos. E o que isso tem a ver com portas fechadas?

    Gatos querem ter o máximo de informações sobre possíveis perigos quando entram no mundo exterior. De certa forma, limitar o seu espaço, impede-os de ver ou ouvir qualquer sinal de possíveis perigos. É por isso que é difícil adaptar determinados tipos de aparatos para passeios com gatos, porque eles tendem a ficar aflitos por conta dessa delimitação. 

    Antes de aventurar-se para além de um obstáculo, eles precisam saber se é seguro o lado de lá. Eles querem ver e cheirar o que existe antes de poder tocar e penetrar em algum ambiente. Obstáculos  são amedrontadores para eles. Sempre parecem estar de fora de algum lugar e têm que conhecer o outro lado, daí, portas abertas sempre para eles, pois querem ter certeza de que não há nenhuma ameaça do lado de lá.

     

    Controladores

    Os gatos se julgam os donos da casa e se acham superiores em todos os aspectos. Uma porta fechada significa que eles não estão no controle de tudo . Eles não gostam disso e vão incomodá-lo até que você a abra para que eles possam entrar ou passar para o outro lado. Não significa necessariamente que eles querem estar naquela sala, mas que podem precisar estar naquela sala, se assim o desejarem. Eles mandam, acabou!

    São geniosos: são como criancinhas mimadas querendo algo apenas porque lhes dizem que não podem tê-lo. Eles nunca pensaram em querer aquilo até que soubessem que não era permitido. O mais interessante é que, em seguida, eles fazem o que podem para obter seu objetivo, que é a porta aberta, mesmo que não a usem para nada depois de que ela tenha sido aberta, além de o gato passar por ela. 

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    Focinho na porta, não, afinal, somos seres muito sociais

    Gatos também consideram uma falta de cortesia ter uma porta fechada na cara – coisa que os gatos não conseguem saber se é intencional; intencional ou acidental, o fato é um só  para os gatos: obstáculo. 

    Enquanto seu súdito, quer dizer, seu humano não girar a maçaneta, eles vão miar, arranhar e se desesperar até que a passagem esteja aberta novamente.

    Uma realidade que muitos ainda ignoram é que os gatos são criaturas sociais e querem ser capazes de interagir com os outros indivíduos em sua casa, quer sejam humanos, felinos ou outros animais. Uma das maiores mentiras já inventadas pelo homem é a de que os gatos são antissociais. Quem tem gato em casa sabe o quanto eles andam atrás de nós o tempo todo, pois não gostam de ficar sozinhos. 

    Eles se importam com tudo o que os seus humanos estão fazendo, são muito curiosos e gostam de prestar atenção em cada movimento que realizamos. O problema da porta fechada é que ela não permite ao gato saber o que está acontecendo do outro lado, e isso os angustia de forma cruel. 

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    Nem tudo pode ficar aberto o tempo todo: e agora?

    Mas também é normal existirem cômodos que não podem ser abertos aos bichanos, então, o que fazer para desviar o seu foco desses locais? A resposta para isso é enriquecimento ambiental. Quanto mais atraente e divertido for o ambiente, menos o gato irá se interessar em passear pelas áreas proibidas da casa.

    Só não podemos nos esquecer de que, nessa situação toda, o gatinho pode acabar se machucando enquanto se agita desesperadamente para alguém abrir-lhe a porta, além do prejuízo que seus arranhões insistentes podem provocar na porta.

    A solução para esse comportamento é instalar a famosa portinha para gatos nas portas internas da sua casa, assim, você pode manter a privacidade do ambiente sem impedir a liberdade de ir e vir do seu gatinho. 

    A gente sabe que, para muitos donos de gato, é desconfortável permitir o acesso do bichinho ao banheiro ou ao quarto durante a noite, na hora de dormir. Acontece que a natureza deles não vai mudar, eles sempre vão desejar estar onde nós estamos, participar de tudo o que estamos fazendo, afinal, o que para alguns  humanos é sinal de intromissão, para os gatos é pura expressão de amor.

    Nossa sugestão é que você pense com carinho nesse assunto. Evite sofrimento ao seu gatinho e estresse desnecessário para você! Consulte um especialista em comportamento animal (ou etologia), visite lojas especializadas em artefatos e mobília especial para gatos, a fim de proporcionar a eles o enriquecimento ambiental necessário, e, até, se for o caso, consulte um arquiteto de interiores para ver a solução que consiga dar conta de oferecer satisfação a seu gato e menor prejuízo a suas portas. 

  • Cebola e alho, meus pets podem comer?

    Cebola e alho, meus pets podem comer?

    Estes ingredientes picantes são péssimos para os cães. Eles podem realmente destruir os glóbulos vermelhos de um cão, levando à anemia, se consumidos em grandes quantidades. Difícil às vezes retirá-lo de um alimento que queremos – digamos – dividir com nosso cão, considerando também que uma dose pequena pode não causar muito dano. O problema é que uma dose grande ou pequenas doses regulares podem levar ao envenenamento. Os sintomas podem incluir fraqueza, vômito, falta de ar e perda de interesse pela comida. Mantenha o mau hálito causados por esses dois temperos apenas para si mesmo, por favor, porque os cães não merecem sofrer por conta deles!

  • O gato bêngal para alguns tipos de pessoas alérgicas

    O gato bêngal para alguns tipos de pessoas alérgicas

    Você já ouviu falar que existe uma raça de gatos que é considerada hipoalergênica. Ahn? Sim, hipoalergênica, ou seja, que provoca bem menos alergia em pessoas propensas a sentirem problemas diante de gatos.

    Como assim?

    Entendendo melhor a questão, podemos começar a afirmar que não existe apenas um tipo de alergia que pessoas sentem com relação a gatos. Há, ao menos, dois tipos de alergia: uma que é associada diretamente ao pelo do animal; e outra, que é associada a um tipo de caspa que o animal libera.

    Haveria, como se propaga, uma raça de gatos hipoalergênica?

    Por que o gato da raça bengal, por exemplo, seria hipoalergênico?

    Ele tem como característica o pelo curto, o que faz com que solte menos fios pelos ambientes. Outra característica que favorece a raça no convívio com alérgicos é que ela não tem tanta caspa quanto outras raças.

    Infelizmente, para alguns sensíveis a pelos, há as trocas de pelos também nos bengals, então, a esse tipo de alérgicos recomenda-se alguma medida preventiva ou até não se aproximar do animal, talvez nem possuir um, já que alergia não tem cura. Conhecer seu tipo de problema alérgico, portanto, é a primeira medida.

    Há quem afirme que a alergia pode ser trabalhada, como um processo de adaptação – é só conviver com o bichano, principalmente em épocas em que não corre a troca de pelos, por exemplo, que a pessoa se acostuma. Vejamos a opinião de especialistas.

     

    A visão científica dos especialistas

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    O ThermoFischer Scientific, instituição científica dos EUA, tem um boletim sobre alergia em que divulga informações para pacientes.

    A primeira coisa que eles apontam são os sintomas associados ao problema: lacrimejamento nos olhos, espirros após brincar com um animal peludo ou após ter ficado perto de um cão ou um gato.

    O que são os pelos dos animais?

    Eles são uma combinação de pele, dos fios a que chamamos pelos e de saliva. Eles são leves e extremamente pequenos, podendo ficar, por conta disso, horas no ar, até permanecer no ambiente ou nas roupas das pessoas, em tapetes, colchões ou estofados, ou seja, podem causar sintomas muito tempo depois de ter o animal saído de um local. As pessoas, sem saber, podem estar transportando-os para onde forem, o que as incomodará, certamente, em suas atividades cotidianas.

    A alergia a animais peludos (cães e gatos, em particular) é tida como um fator de risco para o desenvolvimento de asma e rinite alérgica. De fato, quase 30% das pessoas com asma já tiveram uma crise dessa doença desencadeada por gatos.

    E, infelizmente, concluem os especialistas: apesar do que você pode ter ouvido, não há raças realmente hipoalergênicas de cães ou gatos.

    Em casos de alergias mais intensas, outros sintomas podem surgir, como: nariz entupido ou coriza; dor facial em decorrência da congestão nasal; tosse, chiado ou dificuldade para respirar; olhos vermelhos, irritados ou muito lacrimejantes; e erupções cutâneas, as chamadas brotoejas.

    O que ocorre é que responder à pergunta se alguém é ou não alérgico a um animal, seja a seu pelo ou à caspa que ele libera, não é simples de responder apenas com um sim ou não a partir de sintomas, principalmente se forem sintomas também de outras problemas – os problemas respiratórios, por exemplo, em locais muito poluídos, podem ser desencadeados por outros fatores.

    Existem algumas proteínas que são liberadas por animais, e o alérgico deve conhecer exatamente qual é a proteína desencadeadora do problema e qual a gravidade do risco associado a essa proteína. É possível, a partir de testes sanguíneos específicos, aproximar-se de uma resposta mais objetiva a questões como: ‘posso manter meu gato?’; ‘o convívio com meu bicho pode piorar meus sintomas alérgicos?’; ‘é possível que eu seja alérgico a um tipo de animal específico?’.

    O melhor conselho é: procure seu médico, então, se você for alérgico!  

    As características mais favoráveis do bengal são soltar menos pelos no ambiente do que outros gatos e liberar menos caspa. O quanto isso vai incomodá-lo ou não é uma questão mais sua do que dele. Os riscos devem ser sempre calculados com a ajuda de especialistas médicos e de boas informações.

    Se não há animais hipoalergênicos, como querem os especialistas, pelo menos há alguns que liberam menos substâncias que possam conter proteínas que desencadeiam em pessoas alérgicas problemas a elas associados. Procure saber como é o seu animal especificamente e como é você. Um dos principais mentores da filosofia, que foi, inclusive, o criador da palavra ‘filosofia’, que foi o filósofo Sócrates, ponderava que todos deveríamos promover o autoconhecimento. Então, a sua lição eterna que nos guie!

     

    O que existe de verdade? Como controlar?

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    Agora, estamos diante de um impasse: podemos contar com os bengals como sendo animais hipoalergênicos ou não?

    Tudo se resolve com o conhecimento.

    Em primeiro lugar, para tranquilizar a maioria dos donos de animais domésticos: a alergia a animais não significa necessariamente que o alérgico precisa se livrar de seu animalzinho de estimação para se sentir aliviado dos sintomas.

    O que fazer, então?

    Não é com desespero que se resolvem os problemas, mas com um gerenciamento eficaz da exposição aos agentes que desencadeiam a alergia, antes que ela atinja o que os especialistas chamam de limiar dos sintomas, que é o ponto em que o alérgico começa a apresentá-los.

    Gerenciar a exposição é simplesmente deixar o alérgico abaixo do limiar dos sintomas, assim, ele poderá manter seu animal e tolerar menos sintomas. A isso os leigos chamam de animais hipoalergênicos, e a ciência chama de gerenciamento da exposição ao agente alérgeno, ou seja, o que provoca a alergia. Não é um simples nome técnico, porque o alérgico terá sempre predisposição aos sintomas provocados pela exposição a pelos de animais ou à caspa liberada por alguns gatos.  

     

    A questão é mais humana do que animal

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    Por incrível que pareça, o alérgico não tem sintomas o tempo todo. Isso não é tão óbvio assim, como alguns pensam, porque parece fácil concluir que a alergia só aparece diante da exposição a agentes alérgenos (só que, em testes psicológicos, isso pode trazer surpresas até para essa aparente obviedade).

    O fato é que cada pessoa tem sua própria combinação única de desencadeantes alérgicos e nem todos eles são óbvios aos leigos.

    Um alérgico pode ser sensível a várias fontes de alérgenos, mas isso pode significar que a sensibilidade pode não ser a suficiente para desencadear os sintomas quando o alérgico é exposto a apenas um dos fatores alérgenos. Se, entretanto, aparecerem diante do alérgico várias substâncias, ao mesmo tempo, às quais o alérgico reage, elas podem se acumular e provocar os sintomas – no caso da alergia a pelos de animais, por exemplo, os sintomas podem ser coceira nos olhos ou coriza. 

    A medida é encontrar as várias substâncias alérgenas, o que pode ajudar um alérgico a ficar abaixo de seu limiar de sintomas. 

    Foi constatado pelos especialistas do ThermoFischer Scientific que 80% das pessoas alérgicas têm alergia a vários alérgenos. Daremos abaixo um exemplo que ocorre em ambientes urbanos sobre efeitos acumulativos de alérgenos.

    Na maior parte do ano, mais precisamente, em três das estações – verão, outono e inverno –, alguém com baixo nível de alergia a ácaros, mofo e pólen de gramíneas, separadamente, não apresenta nenhum sintoma ou apenas algum sintoma bem leve.

    Porém, na primavera, quando é a estação de florescimento, ou seja, de multiplicação de vegetais, a época em que ocorre a polinização, tempo em que o pólen das flores se espalha no ar, o alérgico pode apresentar sintomas e acreditar que a alergia é decorrente apenas da exposição ao pólen, quando ela pode resultar do efeito cumulativo com mofo e ácaros.

    Além de descobrir se é a associação que desencadeia os sintomas, também é necessário conhecer o seu limiar, que é o ponto a partir do qual ocorrem os sintomas.

    Quanto aos animais, o fato de se saber que um animal solta menos pelos e libera menos caspa pode ajudar na escolha de uma raça. O bengal, por exemplo, pode ser um excelente indicador para o conhecimento do limiar de sintomas a alguém alérgico, na comparação com o convívio com outras raças.

    Pode ser, então, que quem queira optar por ter um gato e descubra algum tipo de alergia, acumulativa ou não, possa conhecer melhor o seu limiar e – quem sabe? – optar pelo que os leigos andam chamando de raça hipoalergênica e os especialistas, discordando dos leigos, afirmam que pode ser uma raça que desencadeia menos sintomas, dependendo do limiar, a alérgicos.

    Independentemente da nomenclatura, podemos, como conclusão, além do necessário conhecimento, sempre, louvar essa vantagem dos bengals. Afinal, é deles que se trata a questão. Resta saber se os bengals ou qualquer outra raça ou qualquer outro animal também não tem lá suas alergias a humanos e às intervenções humanas no ambiente (como a poluição, por exemplo). Acho que nós, humanos, não teríamos muita coisa hipoalergênica a oferecer, estaríamos em franca desvantagem diante dos outros animais.

  • Biscoito de legumes para pets

    Biscoito de legumes para pets

    Alternativas saudáveis às guloseimas

    Para aniversários, mesmo para a Páscoa, há opções de petiscos e até ovos (ou que se assemelham muito a ovos) que podem ser oferecidos aos animais, já que em sua composição só entram frutas e legumes, que são alimentos muito recomendados aos bichinhos.

    Existe em São Paulo até uma empresária que montou uma confeitaria especializada nesse tipo de petisco, com excelente aceitação de público.

    Todos os petiscos que ela oferece são naturais. São biscoitos, bolinhos de aniversário, além de ovos de Páscoa feitos com alfarroba, até panetone para pets. Se você quiser tentar alguma receita, saiba que você nunca poderá usar trigo, leite, sal, açúcar nem corantes. Os ingredientes recomendados são farinha de arroz, banana, cenoura, pasta de amendoim, alfarroba, frango, frutas e legumes.

    Por falar nisso, reproduzimos abaixo uma receita de biscoito de legumes, muito fácil de fazer.

    Biscoito de legumes

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    Em um processador, triture uma cenoura – se for orgânica, pode ser utilizada mesmo com casca –, uma abobrinha (se não tiver um processador, rale primeiro os legumes num ralador e bata-as num liquidificador), junte algumas folhas de espinafre, 4 colheres de manteiga de amendoim (não existe no Brasil, mas seria o ingrediente ideal, que normalmente pode ser substituída por mel) e, finalmente, 1 xícara das de chá de aveia em flocos.

    Bater tudo no processador ou no liquidificador até que os ingredientes se transformem numa pasta multicolorida (leva alguns segundos tanto no processador quanto no liquidificador).

    Em uma tigela, quebre dois ovos, verificando, antes de agregá-los à pasta se estão em condições de consumo (obviamente, ovos estragados não servem). Na tigela junte os ovos e a pasta. Em seguida, junte 3 a 4 xícaras das de chá de farinha integral, aos poucos (uma colher a cada vez, misturando à pasta e mexendo-a com as mãos para formar um bolo ou uma bola de pasta com farinha). A quantidade da farinha dependerá da umidade dos legumes: quanto mais úmidos, mais farinha será necessária – essa quantidade é sentida por quem está manuseando a pasta.

    Entre duas folhas de papel manteiga, coloque uma porção circular generosa do bolo, em seguida amasse o bolo com um rolo de macarrão, por sobre a folha de manteiga (não se preocupe, que ele não rasga com facilidade).

    Com uma forma de metal ou até com pequenas xícaras, faça recortes no bolo achatado pelo rolo, que serão os biscoitos antes do cozimento. Há formas charmosas em formato de pata de cão ou de gato.

    Em um forno pré-aquecido (geralmente, cinco minutos são suficientes), coloque os biscoitos úmidos para assar em uma temperatura de 200oC por 20 minutos; depois desse tempo, reduza a temperatura para a mínima aceitável pelo marcador do forno (sem apagar a chama, é claro) e deixe assar por mais 10 minutos. O objetivo é que os biscoitos fiquem bem secos, do contrário, eles ficarão úmidos e, com algum tempo, acabarão embolorando (criando fungos), algo nocivo a qualquer animal.

    Se você, humano, quiser experimentar como um cão ou gato sente o que você fez para ele, não coloque sal nem açúcar para degustar, porque, como vimos acima, esses ingredientes não devem ser usados em receitas para alimentos feitos a seus animais de estimação. Eles apreciarão, acredite – e você não precisa querer agradá-los mais do que com isso. Os biscoitos guardados em um pote bem fechado podem ser dados a eles. Esta receita pode render biscoitos para até um mês, dependendo do tamanho de cada um deles.

    Lembrete: petisco não é alimento principal, ele pode engordar e não é ração. Só deve ser dado de vez em quando, como forma de agrado, não como refeição. 

  • Chocolate para pets: NÃO PODE!

    Chocolate para pets: NÃO PODE!

    O chocolate é feito a partir de grãos de cacau, os quais contém teobromina e cafeína, substâncias encontradas em sobremesas à base de chocolate. Se para nós esses ingredientes não são prejudiciais (a menos que você tenha um ataque hepático por comer muito chocolate!), eles o são para animais de estimação .

    O chocolate pode ser mortal para cães, gatos, ratos, papagaios ou cavalos. A teobromina estimula seu sistema nervoso, e o metabolismo desses animais não pode eliminá-lo.

     

  • Como limpar as orelhas de cães e gatos

    Como limpar as orelhas de cães e gatos

    Caso você não saiba, é importante sempre verificar como estão as orelhas de seus animais de estimação. Um dos sinais de que algo não vai bem é a coceira intermitente que cães e gatos podem manifestar.

    A cera nos ouvidos – um dos problemas – impede os humanos de ouvir bem, nos animais não é diferente. Ocorre, porém, que neles, que possuem cavidade auditiva bem maior do que a dos humanos, a cera e sujidades podem atrair parasitas, como carrapatos, só para dar um exemplo. Vamos aprender a limpar, hidratar e reequilibrar as orelhas de cães e gatos, deixando ao redor delas uma agradável fragrância de limão?

    Procedimentos para a higienização das orelhas de seu animal de estimação

    Como os animais não conseguem dizer aos tutores que eles, cães, estão com problemas auditivos, cabe aos humanos perceberem os sinais, como coceiras ou queixas ao simples toque (estas, sinais de dores causadas por algum problema mais sério).

    Os dois procedimentos absolutamente necessários são a limpeza com determinada frequência das orelhas (o que inclui uma limpeza mais profunda que chegue às partes internas dos ouvidos que sejam acessíveis) e eventualmente a aplicação de algum produto farmacológico (remédio), se o problema já tiver alguma dimensão maior ou for bem recorrente (em algumas raças, otites são mais comuns, como veremos).

    Exemplo de produto disponível

    O mercado de produtos veterinários já é bem grande no Brasil e dispõe de vários produtos, inclusive para a limpeza e higiene dos ouvidos de animais domésticos. Daremos o exemplo de um deles, que traz já na embalagem instruções bem fáceis de serem seguidas para o procedimento.

    Trata-se do Sonotix®, marca registrada de um produto do laboratório francês Vetoquinol.

         Veja como é fácil fazer a limpeza das orelhas dos animais domésticos

    Não há necessidade de ter medo de limpar as orelhas de seus bichinhos, porque hoje produtos como o Sonotix® facilitam essa rotina. O produto é exclusivamente para uso veterinário e já traz na própria embalagem os procedimentos necessários.

    O efeito do produto

    O produto que usamos como exemplo apresenta-se como sendo uma solução auricular de limpeza profunda e é indicado para cães e gatos, tendo uma tripla ação: remover o cerume de forma rápida e eficaz; manter saudáveis os ouvidos do animal; e neutralizar o odor que exala de canais auditivos de animais, especialmente os que têm orelhinhas que os abafam, como é o caso de animais com orelhas rebaixadas. O cocker spaniel é exemplo de uma raça com essas características, não por acaso uma das que mais sofre com otites e que até é a capa do estudo da própria Vetoquinol publicado sobre o produto (disponível emhttps://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13921/sonotix-uma-nova-dimensao-na-otologia), sob o título “Chegou Sonotix”.

    Sequência de procedimentos para a limpeza:

    1. Despeje com cuidado duas gotas do produto no canal auditivo com o uso da cânula aplicadora que acompanha o produto. Em animais com orelhas grandes, elas precisam ser obviamente afastadas para que se consiga ver o canal auditivo do animal. A ponta da cânula deve ser colocada na entrada da orelha e deve-se, em seguida, apertar o frasco até que se possa sentir que dele saíram jatos. Não se preocupe com excessos.
    2. Faça massagem por um minuto pressionando a orelha contra o corpo do animal, delicadamente, de baixo para cima, o que ajuda a soltar e remover os resíduos internos.
    3. Deixe o animal chacoalhar a cabeça – ele o fará inevitavelmente.
    4. Limpe eventuais excessos do produto com algodão ou um lenço de papel.

     

    Evitar machucar o animal

    Especialmente em animais que se queixam ao simples toque, mas também observando cuidados mínimos em todos os animais, procure evitar machucar o animal, respeitando as fases acima, efetuadas com o cuidado necessário na pressão, na colocação da cânula, no massageamento e na limpeza do excesso.

    Evite pressões excessivas (o grito do animal é o sinal importante de que está havendo alguma força a mais), movimentos bruscos e pressa. No caso da colocação do algodão ou papel para retirar o excesso, não há necessidade de forçar seu dedo no interior do canal auditivo do animal, apenas se deve colocar o algodão e fazer um movimento circular delicado para promover a limpeza – é mais o algodão que seu dedo que entra no ouvido do animal. Não piore a condição do animal, portanto! Saiba que limpezas bruscas podem até provocar a perfuração do tímpano do animal, o que inevitavelmente o levará à surdez.

    Como o pH do produto é neutro, não há nenhum perigo de que a limpeza agrida a pele das orelhas dos ‘pets’.

    Agentes para diminuir ou amolecer o cerume dos ouvidos (ceruminolíticos)

    Os ingredientes do produto são suaves. Eles foram tratados e tornados acessíveis ao público para ajudar na limpeza do ouvido dos ‘pets’ sem causar neles qualquer alergia tampouco irritar a pele ou o pelo dos animais.

    O produto citado contém três agentes ceruminolíticos, ou agentes que ajudam a diminuir ou amolecer o cerume dos ouvidos, que é a cera dos ouvidos, aquela substância meio líquida, meio pastosa, grosso, gordurosa e amarelada que se forma no conduto auditivo externo. São eles: o transcutol V, a glicina capriloil e o álcool isopropílico.

    O transcutol V interfere na integridade do cerume, ou seja, promove o processo de liberação das aderências do cerume da superfície onde está instalado, que é o ouvido do animal.

    A glicina capriloil agiliza o processo de limpeza através do processo de emulsão (que provoca a dispersão de um líquido em outro não imiscível – que não se mistura – com ele) dosdebris celulares, que são fragmentos de células que ocorrem por alguns motivos, entre os quais a necrose de células – no cerume, isso é bastante comum. O cerume normal é necessário para proteger o ouvido de poeira e micro-organismos que podem causar infecções no ouvido. O problema é o excesso, que é comum em ‘orelhas abafadas’, como as dos ‘cockers’, por exemplo. A retirada de cera deve ser adequada, não havendo retirada contínua, porque, quanto mais cera se retira, mais as glândulas sebáceas a produzem, como forma de compensação. A retirada sem critério pode provocar o que o excesso de cera também provoca: otites e até surdez. O uso do produto uma vez por semana visa a dar a adequada limpeza, sem excesso, do cerume.

    O álcool isopropílico, também auxiliar na emulsão dos debris celulares, tem função adstringente, ou seja, de compressão dos tecidos e diminuição das secreções do ouvido.

    Na composição do produto, entram também: calêndula, glicerina, labrasol, fragrância de limão, polisorbato 80, TRIS, glicina undecilenoil e água.

    A calêndula e a glicerina têm duas funções: são umectantes (provocam umedecimento da pele) e emolientes (provocam amolecimento da delicada pele para o efeito desejado de favorecer a dissolução do excesso de cera e seu escorrimento).

    O labrasol é um agente que favorece a emulsão e a solubilidade da glicina capriloil e do álcool isopropílico.

    A fragrância de limão colabora para o controle do odor da superfície do ouvido.

    O polisorbato 80 é um conhecidíssimo estabilizante e emulsificante.

    O TRIS – abreviação de tris(hidroximetil)aminometano, é um produto muito usado em géis para manter o pH estável, ou seja, para evitar alterações bruscas do pH natural de uma superfície.

    A glicina undecilenoil é um lipoá4cido, que facilita a manutenção do pH normal da orelha, que é ácido. É mais eficiente do que produtos à base de ácidos láticos, tendo havido já estudos em pessoas, com resultados mais favoráveis aos lipoácidos.

    A água, o solvente universal, usada na formulação do produto, possibilita, no caso de produtos para tratamento de otites, a higiene da orelhaantes da utilização desses produtos.

    Frequência da limpeza

    A recomendação normal é de uso uma vez por semana para limpeza, mas esse período pode ser reduzido segundo orientação veterinária. Não contrarie a orientação do veterinário nem aplique o produto, se não tiver a devida orientação, em períodos mais frequentes do que uma vez por semana, para evitar justamente o efeito de retirada indiscriminada do cerume, o que provocará também efeitos nocivos à audição do seu animal.

    Conservação do produto

    Deve-se conservar sempre o produto em sua embalagem original, fechada e em local seco, ao abrigo da luz e umidade. Ele não deve ser armazenado junto a produtos tóxicos.

    Contraindicações e precauções

         Não se deve utilizar nenhum tipo de produto de limpeza nos casos onde houver suspeita de ruptura da membrana timpânica ou presença de erosão da bigorna, um dos três ossículos responsáveis pela comunicação dos sons no ouvido, fenômeno comum em otites médias. A erosão é uma ruptura na superfície de um osso de revestimento (cortical). O veterinário deve ser imediatamente consultado.

    Excelente avaliação do produto

         Um procedimento avançado para diagnóstico de problemas de ouvido usado por veterinários é a videotoscopia. Com ela, avalia-se o ouvido externo e a membrana timpânica com imagens bem mais detalhadas que o otoscópio tradicional. Infecções, inflamações, tumores, ruptura da membrana timpânica e otite média são os possíveis diagnósticos encontrados neste exame.

         Quando verificada com videotoscopia, os escores citológicos (que marcam a redução de debris celulares) foram melhores com o Sonotix® na comparação com um produto concorrente. O estudo mostrou, por exemplo, a aplicação numa fêmea da raça cocker inglês, de 5 anos, apresentando a redução após 30 minutos da aplicação do produto, do escore citológico de 7 para 4; o resultado após uma semana reduziu o índice para 1. Já, num labrador retriever macho de 3 anos e meio, menos sujeito ao problema do que cockers, o produto concorrente chegou aos respectivos escores: 6 (no momento da aplicação), 5 (após 30 minutos) e 3 (após uma semana). Os índices de redução, comparativamente foram:

    Tempo

    Sonotix®

    Concorrente

    Após 30 minutos

    42,85% de redução

    16,66% de redução

    Após uma semana

    85,71% de redução cumulativa

    33,33% de redução cumulativa

     A vantagem sobre o concorrente é de 2,5 vezes mais eficiência do Sonotix®.

     Fale com seu veterinário. Se ele não conhecer o produto, indique o estudo acima apontado (“Chegou Sonotix”). O seu animal bem como os tratados por ele podem se beneficiar muito com o uso deste produto inovador.