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  • Chihuahua: Não assusta ninguém, por seu reduzido tamanho, mas é um excelente companheiro!

    Chihuahua: Não assusta ninguém, por seu reduzido tamanho, mas é um excelente companheiro!

    Esse peludinho, apesar de ter fama de nervoso e ladrador, o Chihuahua é uma criatura afável, que precisa de paciência, carinho e respeito por parte de seus humanos. De fato, com uma boa educação e um bom adestramento, não é nada difícil adorá-lo.

    Esse precioso cão, conhecido como chihuahua é um cão que se acredita seja originário do estado mexicano de Chihuahua, hipótese não confirmada, embora ele realmente tenha suas origens no México. Os registros mais antigos apontam o cão com o nome de techichi, no século IX, como seu ancestral, dadas as características muito semelhantes, mas é possível que ele já vivesse entre os maias, pois foram encontrados registros nas ruínas maias de ChichenItzá (Península de Yucatán) e entre as pirâmides de Cholula. O chihuahua que conhecemos hoje é muito menor que seu ancestral. Os pesquisadores demonstram que o mascote que nos alegra o dia atualmente foi cruzado com cães europeus.

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    Características, comportamento, caráter

    O chihuahua é um animal, realmente, pequeno: o  macho mede entre 15,2 e 22,9 cm de altura até a cernelha, e a fêmea  mede 15,2 a 20,3 cm, embora alguns machos possam chegar a 30 cm. Normalmente, o peso dele varia entre 1,5 e 3 kg. Pode ter a pelagem comprida ou curta, com qualquer cor (preto, chocolate, creme, branco, café). A expectativa de vida é de 12 a 30 anos. Há duas variedades de chihuahua: o chamado cabeça de maçã, que é o mais comum; e o chamado cabeça de veado, que é maior do que ele. O chihuahua cabeça de maçã tem as orelhas grandes e separadas, quase sempre retas, com o corpo pequeno e a cauda girando por sobre o dorso. Já o chihuahua cabeça de veado tem a cabeça mais larga e tem um corpo mais alto e estiloso. De modo geral, é um cão muito inteligente e observador, sendo que ele sempre procura se safar de suas artes. Sendo valente e carinhoso, adora ser o centro das atenções, por isso, cuidado para não cair na rede que ele arma para você, comece a educá-lo desde o primeiro dia.

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    Cuide de seu pequenino!

    Rações equilibradas também existem, para animais de pequeníssimo porte, então sempre o veterinário deve ser consultado. Os pelos, longos ou curtos, têm que ser penteados uma vez por dia. Na troca de pelos (geralmente, na primavera), a escovação deve ser feita duas vezes ao dia, o que o refrescará e obviamente sobrará menos pelo para recolher. Ele deve passear umas três vezes ou mais por dia, para gastar sua imensa energia, ou então ele irá latir ou morder coisas devido ao tédio. Normalmente possuem ótima saúde.

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    Curiosidades

    Se você mora em um espaço acanhado, o chihuahua é  o cão ideal para o seu aperto, mas apesar de pequeno, um exemplar puro da raça tem o mesmo preço de um cão de porte médio, não se iluda! Ele, que era sacrificado em cerimônias religiosas dos antigos povos toltecas, porque se acreditava que ele poderia guiar, em paz, as almas dos mortos para o outro mundo, não é, definitivamente, um pinscher, embora muita gente os confunda – o pinscher tem a cor preta, geralmente, e não é muito amigável, como o chihuahua. E, ainda que possam apresentar problemas nos olhos e ouvidos, além da obesidade (se a dieta não for equilibrada), podem viver até 20 anos. São mais de 40 cores oficiais da raça, permitindo-se todas as variações. Como são pouco resistentes às baixas temperaturas, mantas são excelentes para mantê-los aquecidos, além de não poderem dormir ou viver fora de casa. A cadelinha da socialite Paris Hilton era uma chihuahua (a famosa Thinker Bell), que participou de campanhas publicitárias e programas de TV. Os chihuahuas são estrelas nos filmes “Legalmente Loira” 1 e 2 (como coadjuvantes) e “Perdido pra cachorro” (desenho animado, com os papéis principais). Adoram um colo e, como não latem muito, são ótima companhia para serem literalmente ‘carregados’ para lá e para cá. O menor cão do mundo, reconhecido pelo Guiness Book, é uma chihuahua, a levíssima MiracleMilly, de Porto Rico, com apenas meio quilo de peso e tendo altura de apenas 9,6 cm, que é o tamanho da cabeça de um dogue alemão. O recorde anterior também era de um chihuahua (10,16 cm).

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  • Maine Coon: Conheça o gato gigante e gentil

    Maine Coon: Conheça o gato gigante e gentil

    Um gato da raça Maine Coon

    O Maine Coon é um dos maiores gatos domésticos do mundo. É apelidado de “gigante gentil”, e as pessoas são fascinadas por seu tamanho e enfeitiçadas por sua beleza. Amigável e sociável, o mistério envolve suas origens, sem que haja documentação oficial disponível para comprovar algo confiável, há apenas boatos e mais boatos. O nome vem de duas palavras:  a primeira é Maine, o Estado dos EUA onde ele se originou, declarado a raça oficial do Estado em 1985, depois de ter recebido outros nomes (Coon Cat, Maine Cat, Maine Shag, American Longhair, etc.);  e a segunda é Coon, que ninguém sabe de onde vem exatamente: uns falam que ele surgiu do cruzamento de um gato com um guaxinim (‘Racoon’, em inglês); algumas histórias falam do capitão Charles Coon, que no século XIX teria gatos de pelo longo em seu navio para controlar ratos e, tendo desembarcado no Maine, passou a cria-los ali; outros falam de gatos que vieram da Noruega com os vikings que desembarcaram na América por volta do século XI, dada a semelhança entre os Maine Coons e Norwegian Forest Cats; outro boato diz que, em meio à Revolução Francesa, os gatos da condenada Marie Antoinette foram carregados em um barco em La Havre com destino ao Maine, tendo ela sido decapitada antes de se juntar a eles, que eram da raça Angorá turco, também muito semelhantes aos Maine Coons. Uma exposição competitiva em 1895 em Nova Iorque consagrou a raça nos EUA, mas eles foram declinando em popularidade até serem prematuramente declarados extintos em 1950, mas, com a formação do Central Maine Cat Club (CMCC) nesse mesmo ano, a sua popularidade foi novamente crescendo, e os primeiros padrões oficiais da raça foram escritos.

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    Características principais

    Como as pessoas são fascinadas por seu tamanho, os criadores têm usado técnicas para produzir espécimes maiores, acasalando machos e fêmeas maiores. Um gato dessa raça tem entre 25,40 cm até 40,60 cm. Seu peso oscila entre 4 kg(fêmeas mais leves) e a 11 kg (machos maiores), desde que não alimentados demais (o teste é simples: apalpar o dorso – costelas muito à vista, um pouco magro; não se veem costelas, já com excesso de peso). Suas pontudas orelhas lembram as de um lince, seu focinho é comprido e largo, os olhos grandes e em formato amendoado podem ser verdes ou âmbar. Eles têm maçãs do rosto altas e bem definidas, para um rosto bastante quadrado. São gatos robustos e musculosos, com ossos grandes, peitos largos e corpos retangulares. Eles têm pernas longas e grandes patas peludas, perfeitas para espalhar seu peso ao caminhar na neve. Seu espesso pelo longo e sedoso é impermeável praticamente à água e à neve, crescendo bem mais no dorso e nas laterais que nas patas, nos ombros, no rosto e no topo da cabeça, mas mantêm uma vistosa juba como a de um leão. Sua cauda também é imensa como o corpo e de pelagem super vistosa, mais larga na base, afunilando-se até a ponta. É um verdadeiro luxo, talvez a raça que mais levou o ser humano a associar os termos ‘gato’ e ‘gata’ a pessoas de ótima aparência. Ele pode ter até 75 tipos de pelagem diferentes, que vão de cores sólidas puras (preto, branco, vermelho, azul-acinzentado, creme), sólidas com nuances (de preto, azul, vermelho, creme e alguns tons com nomes específicos), serem malhados (com várias combinações e predominâncias de tons) e bicolores, um verdadeiro espetáculo de variedade. São tão sociáveis e apegados que muitos donos acham até que adquiriram um cachorro ao adotar um Maine Coon, além de serem amigáveis com outros gatos e animais de outra espécie, também com crianças. Pelo tamanho, não são lá muito de colo, mas com o tempo vão-se aninhando com os donos e, surpreendentemente para seu porte, costumam ter tons de miado bem agudos. Precisam obviamente de muito espaço e bastante enriquecimento ambiental para manterem-se ocupados, mas não costumam ser agitados. Adoram um banho, alguns até nadam.

    Dieta e cuidados com a saúde

    O cuidado com a pelagem do Maine Coon deve ser muito intenso, porque ele pode engolir os pelos e sofrer com embaraços, por ser sua pelagem muito abundante. Quanto à saúde, costumam ser saudáveis, mas têm propensão genética às seguintes doenças: cardiomiopatia hipertrófica felina, que é uma doença incurável; atrofia muscular espinhal (específica da raça, detectada por exame de DNA); displasia dos quadris; e doença renal policística. O grandão não pode, por ser de porte avantajado, comer demais. A ração para filhotes é aconselhável até 2 anos, quando cessa seu crescimento (há alguns que continuam até os 4 anos, é bom sempre consultar um criador experiente sobre essa questão). Seu peso máximo, para um tamanho já avantajado de macho, é de 11 kg, e 7 kg para as fêmeas. Após a castração, os cuidados com a alimentação devem ser imensos para não chegarem os bichanos à obesidade, o que, para essa raça, não é uma coisa difícil. Não se preocupe: o Maine Coon ele pode viver num apartamento, porque não é tão ativo, mas pode passear, sim, porque gosta de dar suas voltinhas e precisa, sim, como todo gato, de enriquecimento ambiental. É importante acrescentar à dieta proteínas, por causa da pelagem que precisa ser regenerada, papel para o qual as proteínas são importantíssimas; também fibras e probióticos, para excelente funcionamento de seu trato digestivo.

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  • Características principais do gato Sphynx

    Características principais do gato Sphynx

    O gato Sphynx (ou gato esfinge, como alguns criadores o chamam) é curioso e energético. Tem médio a grande porte, pesando de 3 a 6 quilos. Mesmo com poucos pelos, o que deixa à mostra músculos e ossos, com a pele formando rugas, os gatos dessa raça não são frágeis, ao contrário, são muito saudáveis. Têm olhos largos em forma de limão geralmente com a cor combinando com a fina pelagem, orelhas grandes e triangulares e focinho alongado. Quando têm bigodes, estes são quebrados e esparsos. Tem barriga gorda, como se estivessem terminado uma farta refeição. São gulosos e carinhosos com os donos, com quem vivem interagindo, quase falando. São verdadeiros acrobatas, com disposição incrível para brincadeiras. São ótimos companheiros de crianças, porque não são nada agressivos, e de outros animais domésticos que tolerem gatos. Eles não são totalmente sem pelos, pois têm um casaco fino e quente que os faz sentir incrivelmente macios, como uma pele de pêssego ou de camurça ao toque. A cor da pele corresponde à dos pelos que ele deveria ter. Alguns o têm como hipoalergênico, por não ter praticamente pelos, mas eles segregam uma proteína pela saliva e pelas glândulas sebáceas que causa reação alérgica em pessoas com sensibilidade a ela.

     

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    Origens da raça

    As origens são controversas: a origem específica dessa raça é desconhecida, embora gatos sem pelos tenham sido modelados em cerâmica no antigo Egito e na era pré-colombiana.No entanto, a raça atual é do século XX. Há criadores que defendem que os Sphynx teriam surgido no Canadá, outros que afirmam que eles teriam surgido nos Estados Unidos da América, outros que a raça teria sido originária da França. Os registros oficiais de gatos, em cada um desses países, tentam provar a sua origem e o ano dos primeiros exemplares, que pode estar tanto na década de 1960, quanto na de 1970 ou na de 1980. Parece ser mais aceita a origem canadense da raça. Um fato é comum na explicação de todos: a raça surgiu de gatos de rua que nasceram quase sem pelos, sendo aprimorada por cruzamentos também com outros gatos praticamente sem pelos. O nome vem da semelhança com a figura da Esfinge egípcia (que lembra um felino).

     

    Dieta e cuidados com a saúde

    Como o Sphynx queima calorias mais rapidamente por causa de sua nudez, o que diminui sua temperatura corporal, ele deve consumir uma quantidade relativamente grande de alimentos. Os petiscos, é claro, complementam bem as rações normais para gato, mas precisam ter pelo menos uma qualidade superior. Nos mercados para pets nos Estados Unidos, no Canadá e na França, até há petiscos especiais só para Sphynx, desenvolvidos para atender perfeitamente às suas necessidades nutricionais. Por não terem praticamente pelagem nenhuma, não demandam escovação, mas devem tomar banho semanalmente, porque costumam reter óleo na pele, a qual, por ser praticamente sem pelos, precisa ser constantemente hidratada. Arranhões e feridas podem ser mais graves na raça, que é de animais que sentem muito frio, daí haver necessidade de recorrer a roupas e cobertas no inverno. Patologias hereditárias como cardiomiopatia hipertrófica podem ocorrer neste animal.

     

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  • Maremano Abruzês: Conheça um excelente e belo cão pastor

    Maremano Abruzês: Conheça um excelente e belo cão pastor

     

    Um pouco de sua história

    Esta raça pertence à família dos grandes cães brancos da Europa Central, de origem de guardiães de manadas e rebanhos com um temperamento desconfiado e até mesmo hostil, que chegou à Itália vinda do Oriente Médio. Essa origem supõe ancestrais comuns com os cães de montanha dos Pireneus, os Kuvasz húngaros, os Tatras da Polônica, os Cuvacs eslovacos, os pastores ilíricos de Kosovo e Macedônia (embora com pelagem colorida) e os pastores da Anatólia turcos. Citado e elogiado por escritores desde o século III a. C., esse cão pastor de pelagem branca continuou a desempenhar suas funções como guardião de rebanhos sem perturbações ao longo dos séculos, sem nunca deixar os Apeninos centrais e meridionais, onde havia constituído sua própria espécie, conforme vários registros escritos e iconográficos testemunham. Em 1898, foram registrados no Libro das Origens, do Kennel Club Italiano, quatro cães pastores. Em 1924, Luigi Groppi e Giuseppe Solaro esboçaram o primeiro padrão da raça.

     

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    Até 1958, o pastor abruzês e o pastor maremano eram considerados duas raças distintas e separadas. Precisamente em 1950, foi fundada uma associação de criadores de pastor abruzês, e em 1953 nasceu uma associação para os criadores do pastor maremano. Em 1º. de janeiro de 1958, a Entidade Nacional de Cinofilia Italiana unificou as duas raças sob um único padrão, sustentando que, devido à migração dos rebanhos de uma região para outra, processo favorecido pela unificação da Itália, ocorreu uma ‘fusão natural’ entre os dois tipos de cães. A região de Maremma é uma área geográfica da Itália que faz fronteira com a Ligúria até o Mar Tirreno. Ela compreende parte do sudoeste da Toscana – Maremma Livornese e Maremma Grossetana – e parte do norte do Lácio. Atualmente, o pastor maremano abruzês é ainda largamente utilizado na proteção dos rebanhos de ataques de lobos. Para esse fim, foram criados projetos, entre os quais o da Região do Piemonte, que prevê a atribuição de espécimes bem adestrados aos pastores que os solicitam. Ao mesmo tempo, essas iniciativas visam reduzir a caça por predadores contra espécies ameaçadas de extinção.

     

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    Descrição física e temperamental

    O maremano abruzês tem a cauda presa baixa e que se estende para além do jarrete, estando quase sempre inclinada (se o cão está em repouso), mas ele a sustenta ereta, na linha do dorso, quando o cão está em alerta ou excitado. O branco uniforme é a cor que o distingue. Toleram-se os tons de marfim ou laranja pálido, desde que discretos. A pelagem é muito abundante, longa, bastante áspera ao toque. Uma leve ondulação é tolerada. O subpelo é abundante durante a estação fria. Os olhos não são grandes em relação ao tamanho do cão, tendo coloração ocre ou castanho escuro, com a rima palpebral (espaço entre as pálpebras) amendoada. As orelhas pendem do alto da cabeça, em forma de “V”, mas têm muita mobilidade. A cabeça é grande e achatada, de forma cônica, lembrando a cabeça de um urso branco. O crânio é largo. Não é incomum encontrar amostras que excedam em muito a altura e o peso definidos pelo padrão, que são: altura das patas à cernelha do macho:  65 a 73 cm; e da fêmea: 60 a 68 cm; peso ideal do macho: 35 a 45 kg; e da fêmea: 30 a 40 kg. Como  testemunhado pelo escritor romano Columela no primeiro século, a pelagem branca desses é apreciada desde os tempos antigos, pois evita que os pastores confundam o cão com um dos predadores durante os ataques de lobos ao entardecer. Alguns anos depois, o filósofo Varrão acrescentou que o cão pastor é grande, branco, com olhos e lábios pretos, e que, quando vistos no escuro, as orelhas cortadas o fazem parecer um leão. É um cão com um temperamento muito forte, confiante e independente, como a maioria dos cães de trabalho. E, como cão pastor, ele mostra um apego profundo ao dono, a quem ele vê como ponto de referência. Parece ser tímido e desconfiado para com estranhos, embora não expresse uma disposição excessivamente agressiva: uma característica da raça é a de se apresentar como um animal com um comportamento sóbrio e basicamente mais comedido do que o de outros cães. É também um cão que presta muita atenção aos detalhes e ao ambiente circundante.

     
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    Cuidados e Precauções

    O pastor maremano abruzês é historicamente um cão muito rústico, capaz de resistir a doenças, frio e mau tempo. Apesar do seu tamanho, não é incomum encontrar cães desta raça com mais de 10 anos de idade, graças à sua resistência natural. Ele não requer cuidados especiais, mas por ter pelos longos, necessita de escovação esporádica da pelagem e, por estar sujeito a parasitas, necessita de controle habitual antiparasitário. Os criadores afirmam que esse cão precisa de treinamento especial, muito mais atencioso do que com outras raças, com base em uma pedagogia canina feita mais de interações entre homem e animal do que coerção física e verbal. Esse aspecto pode tornar a relação com o cão cansativa, mas ao mesmo tempo pode ser um parâmetro para testar a sua inteligência. Os maremanos abruzeses respondem mais a comandos de chamamento (verbais) do que com ações (gestuais). Comparada com outras raças, que percebem a figura humana no comando como dominante, esta possui um temperamento mais independente, razão pela qual sua educação requer um maior comprometimento do homem: isso também se deve à seleção artificial secular que moldou a genética comportamental do animal, concentrando-se mais no desempenho de tarefas de guarda e defesa e menos no contato com seres humanos, além de se adaptar a um ambiente em que indivíduos estrangeiros são percebidos como intrusos ou perigosos. É por isso que pode ser difícil estabelecer um relacionamento hierárquico por parte do mestre humano. No entanto, isso não implica que esta raça de cão não seja muito adequada como animal de companhia; o pastor maremano abruzês, de fato, embora se mostre alheio à submissão, se bem educado e bem inserido no contexto familiar, consegue estabelecer um relacionamento emocional intenso e um entendimento muito profundo com seus “comandantes”.

     
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    Difusão da raça

    A área de maior difusão desta raça é bastante vasta: de fato, vai da província de Grosseto (até o alto Lácio, passando pela Úmbria, pela região de Marches, por toda a região de Abruzzo, pela região de Molise, pelos Apeninos da Campânia e pelo norte da Apúlia. Em 2008, 658 filhotes foram matriculados nos livros genealógicos da Entidade Nacional de Cinofilia Italiana, enquanto em 2010 houve 710 novos registros. Esse aumento continuou nos anos seguintes, a ponto de que em 2013 os filhotes matriculados na Entidade Nacional de Cinofilia Italiana se tornassem 801 e, em 2015, o número subisse para 1019. Além da península italiana, os cães pastores maremanos abruzeses também são usados como guardiães de rebanho na Austrália, no Canadá e nos Estados Unidos. Em 2006, em Warrnambool, na Austrália, foi iniciada a primeira experiência de proteção de pinguins contra ataques de raposas, usando cães pastores maremanos abruzeses. Em 2010, este projeto foi premiado com o Prêmio a Cuidados Assistenciais do Governo Australiano.