São muito comuns relatos de criadores de Border Collies que falam de cães que já com 13 semanas de idade, ou seja, nem meio ano de vida, já começam a rastejar através dos quadrados de cerca de arame para começar a trabalhar com o gado.
É o que se chama de o primeiro passo para que um cão dessa raça se torne um cão de pastoreio ativo.
Antes de rastejar, normalmente há apenas o interesse passageiro pelas ovelhas, brincar, mesmo rastejando apenas no pasto, mas sem um interesse definitivo pelos animais a quem iriam monitorar mais tarde.
De repente, parece que se acende uma luz, a luz do instinto: o cão ou a cadela Border Collie fica em posição de quem vai reunir o rebanho, para levá-lo para o curral.
A postura não é mais de brincadeira, mas de trabalho sério. Brotou o instinto.
A cabeça e a cauda baixas denunciam a seriedade da postura de trabalho.
Se uma ovelha se desgarra, ela já fica preocupada, sua cabeça se ergue, assim como sua cauda, ela se prepara para buscar a ovelha, depois retoma sua postura de cabeça e cauda rebaixadas, já relaxada da tarefa de agrupar a ovelha que tentou se desgarrar.
O instinto natural, puro, essencial sozinho não dá conta de tudo. Por quê?
Há, sim, ovelhas mais rebeldes e agressivas, e um cão não consegue saber, apenas por instinto, como lidar sozinho com um problema mais sério.
Por instinto, apenas o cão ou a cadela podem ir com mais calma, no devido cuidado para não sofrerem com um ataque repentino de, por exemplo, uma ovelha zelosa de seu filhote.
Levar um coice da ovelha é o que, sem dúvida, o dono nem o cão querem.
É possível mostrar ao cão o melhor ângulo para impor a sua presença à ovelha e ensinar a ela a obedecer a ele, a respeitá-lo, girando e voltando ao rebanho, junto com o filhote.
O treinador deve orientar o cão a fazer isso, mostrando-lhe o melhor ângulo de abordagem, assim como os movimentos certos para que ele aponte que a ovelha e o filhote devem retornar ao rebanho.