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  • Meu gato detesta porta fechada: o que fazer?

    Meu gato detesta porta fechada: o que fazer?

    Não é só o seu. Em fóruns na Internet, em vários países é possível ler sobre donos de gatos comentando dessa mania, alguns até dando depoimentos sobre o gato arranhar a porta fechada, por exemplo. 

    Em artigos especializados sobre o assunto, mais de um conhecedor do mundo felino chama o problema de síndrome da porta fechada. Há quem afirme que não sabe se é um comportamento normal, mas, em vários fóruns, muitos tentam explicar o que é que acontece com os gatos, pois eles simplesmente não suportam ver nenhuma porta fechada. Um comentarista até garantiu que, se os gatos governassem efetivamente o mundo, mais do que já fazem com seus donos, as portas seriam definitivamente banidas da Terra.

    O que soa muito intrigante para os donos é que, sentados confortavelmente, sozinhos ou conversando com alguém, de repente ouvem o miado diante da porta ou o arranhado na superfície de madeira que traz uma maçaneta que o gato não consegue abrir,feito por seu gatinho que quer ir para o outro lado ou vir para o lado de cá.

    Quem se sente incomodado deve investir em saídas imaginativas. Mas, então, o que fazer? 

     

    Supervisores

    cat sits room by door looks into camera scaled 1 | Manual Pet

    Como sempre, tentar conhecer um pouco mais os nossos amigos, cada vez mais comuns no mundo todo, os gatos, é algo importante. 

    O gato é tido como uma espécie de supervisor compulsório, ou seja, ele simplesmente precisa monitorar e gerenciar todos os mínimos espaços em seus territórios. Obviamente, nós não podemos pensar em duas dimensões, temos que considerar a questão elementar para eles que é saltar, trepar nas coisas. Um gato quer liberdade e expansão. Com uma porta fechada, ele se sente sem condição de vigiar tudo e sem condição de se expandir ele apenas fica irritado com ela, e a solução que ele encontra é, além de miar, a de arranhar a madeira da porta. Se conseguir, um gato abrirá qualquer porta fechada, por sua escolha declarada e absoluta.

    Há vários proprietários que garantem que seu gato fica verdadeiramente ‘acampado’ diante da porta fechada do banheiro quando alguém fica lá fazendo suas necessidades. A impressão que temos é que o gato acredita que a pessoa possa precisar de sua orientação a qualquer momento, então, aguarda que tudo seja resolvido e a porta seja aberta. 

     

    Memória quase fotográfica

    Os gatos são famosos por terem memória quase fotográfica. Eles se destacam por aprender virtualmente cada centímetro quadrado de seu território e observar quando as coisas estão erradas. Se houver uma porta que nunca foi aberta, isso pouco interessará ao gato. Agora, se alguém a abrir, ah, a curiosidade intensa será instalada neles sobre o que está do outro lado! Já uma porta sempre aberta significa que eles instintivamente devem inspecionar o que está além da porta para ver se está tudo como deveria. Eles são ‘patrulheiros’ de seu território. Isso é considerado um comportamento normal para eles. 

    cat is lying doorstep looks camera lens scaled 1 | Manual Pet

    Cadeia de predadores

    Coitado do seu bichano: ele não tem culpa de ser um excelente predador de coisas animadas, viventes, como ratos e pássaros!

    Mas, assim como caçam, também podem ser caçados. Há países, como na Inglaterra, por exemplo, em que raposas já tiveram a condição de matar gatos, o mesmo acontecendo nos EUA com coiotes e linces, os predadores, naquele país, dos bichanos. E o que isso tem a ver com portas fechadas?

    Gatos querem ter o máximo de informações sobre possíveis perigos quando entram no mundo exterior. De certa forma, limitar o seu espaço, impede-os de ver ou ouvir qualquer sinal de possíveis perigos. É por isso que é difícil adaptar determinados tipos de aparatos para passeios com gatos, porque eles tendem a ficar aflitos por conta dessa delimitação. 

    Antes de aventurar-se para além de um obstáculo, eles precisam saber se é seguro o lado de lá. Eles querem ver e cheirar o que existe antes de poder tocar e penetrar em algum ambiente. Obstáculos  são amedrontadores para eles. Sempre parecem estar de fora de algum lugar e têm que conhecer o outro lado, daí, portas abertas sempre para eles, pois querem ter certeza de que não há nenhuma ameaça do lado de lá.

     

    Controladores

    Os gatos se julgam os donos da casa e se acham superiores em todos os aspectos. Uma porta fechada significa que eles não estão no controle de tudo . Eles não gostam disso e vão incomodá-lo até que você a abra para que eles possam entrar ou passar para o outro lado. Não significa necessariamente que eles querem estar naquela sala, mas que podem precisar estar naquela sala, se assim o desejarem. Eles mandam, acabou!

    São geniosos: são como criancinhas mimadas querendo algo apenas porque lhes dizem que não podem tê-lo. Eles nunca pensaram em querer aquilo até que soubessem que não era permitido. O mais interessante é que, em seguida, eles fazem o que podem para obter seu objetivo, que é a porta aberta, mesmo que não a usem para nada depois de que ela tenha sido aberta, além de o gato passar por ela. 

    cute adult red tabby cat sitting black door scaled 1 | Manual Pet

    Focinho na porta, não, afinal, somos seres muito sociais

    Gatos também consideram uma falta de cortesia ter uma porta fechada na cara – coisa que os gatos não conseguem saber se é intencional; intencional ou acidental, o fato é um só  para os gatos: obstáculo. 

    Enquanto seu súdito, quer dizer, seu humano não girar a maçaneta, eles vão miar, arranhar e se desesperar até que a passagem esteja aberta novamente.

    Uma realidade que muitos ainda ignoram é que os gatos são criaturas sociais e querem ser capazes de interagir com os outros indivíduos em sua casa, quer sejam humanos, felinos ou outros animais. Uma das maiores mentiras já inventadas pelo homem é a de que os gatos são antissociais. Quem tem gato em casa sabe o quanto eles andam atrás de nós o tempo todo, pois não gostam de ficar sozinhos. 

    Eles se importam com tudo o que os seus humanos estão fazendo, são muito curiosos e gostam de prestar atenção em cada movimento que realizamos. O problema da porta fechada é que ela não permite ao gato saber o que está acontecendo do outro lado, e isso os angustia de forma cruel. 

    cat lies parish house porch near house near door scaled 1 | Manual Pet

     

    Nem tudo pode ficar aberto o tempo todo: e agora?

    Mas também é normal existirem cômodos que não podem ser abertos aos bichanos, então, o que fazer para desviar o seu foco desses locais? A resposta para isso é enriquecimento ambiental. Quanto mais atraente e divertido for o ambiente, menos o gato irá se interessar em passear pelas áreas proibidas da casa.

    Só não podemos nos esquecer de que, nessa situação toda, o gatinho pode acabar se machucando enquanto se agita desesperadamente para alguém abrir-lhe a porta, além do prejuízo que seus arranhões insistentes podem provocar na porta.

    A solução para esse comportamento é instalar a famosa portinha para gatos nas portas internas da sua casa, assim, você pode manter a privacidade do ambiente sem impedir a liberdade de ir e vir do seu gatinho. 

    A gente sabe que, para muitos donos de gato, é desconfortável permitir o acesso do bichinho ao banheiro ou ao quarto durante a noite, na hora de dormir. Acontece que a natureza deles não vai mudar, eles sempre vão desejar estar onde nós estamos, participar de tudo o que estamos fazendo, afinal, o que para alguns  humanos é sinal de intromissão, para os gatos é pura expressão de amor.

    Nossa sugestão é que você pense com carinho nesse assunto. Evite sofrimento ao seu gatinho e estresse desnecessário para você! Consulte um especialista em comportamento animal (ou etologia), visite lojas especializadas em artefatos e mobília especial para gatos, a fim de proporcionar a eles o enriquecimento ambiental necessário, e, até, se for o caso, consulte um arquiteto de interiores para ver a solução que consiga dar conta de oferecer satisfação a seu gato e menor prejuízo a suas portas. 

  • Como manter saudável o cão que vive no campo

    Como manter saudável o cão que vive no campo

    Mesmo, em geral, podendo ser o cão do campo mais saudável do que o da cidade, viver no campo pode causar perigos para a saúde do seu cão. 

    Viver no campo com o próprio cão e não ter à disposição muitos centros veterinários é uma situação que apresenta muitas desvantagens para a saúde, pois é um contexto em que uma doença ou um incidente podem se transformar em eventos bastante graves para o nosso pequeno amigo.

     Embora pareça um panorama delicado, o segredo para evitar que as coisas piorem é tomar algumas simples precauções. Deste modo tanto o tutor quanto o animal doméstico podem levar uma vida agradável e sem inconvenientes. 

     

    Seguem alguns conselhos úteis para quem não sabe manter o animal saudável no campo.

     

    Medicamentos e acessórios sempre necessários

    Alguns remédios, no entanto, deveriam sempre estar presentes com você. Seguem uma lista básica:

    • Clorexidina;
    • Peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada;
    • Tintura de iodo;
    • Diferentes tipos de antibióticos;
    • Comprimidos de carvão ativado;
    • Analgésicos;
    • Bandagem;
    • Suplementos alimentares;
    • Diferentes tipos de anti-inflamatórios;
    • Gaze;
    • Medicamentos antidiarreicos.

    Mesmo que você possua este kit para tratar seu animal de estimação em caso de acidente, você ainda deve conversar com o veterinário para lhe dizer a melhor maneira de tratá-lo, caso você não saiba o que fazer. A orientação para o uso de cada produto da lista acima e de outros que o veterinário indicar deve sempre partir do seu veterinário de confiança. Esteja sempre bastante consciente do cuidado que está prestando ao seu animal.

     

    Cuidado com a Leishmaniose

    Como você deve saber ou imaginar, um dos maiores riscos que seu animal de estimação pode correr vivendo em uma área rural é causado pela presença de pulgas, carrapatos e mosquitos. Esses insetos não são apenas irritantes, mas também perigosos, pois podem transmitir a leishmaniose, uma doença potencialmente letal.  

     

    Proteger os Alimentos

    Se você estiver no campo, cuide da comida, para que ela não seja alvo de concorrentes perigosos como ratos e outros roedores do campo que podem trazer doenças ao ambiente do seu animal.

    Em poucas palavras, nesse tipo de contexto, é muito importante que seu amiguinho siga uma dieta adequada, pois isso o manterá saudável.

     

    Condição física e Emocional associadas

    Preste atenção ao estado físico e emocional do seu bichinho.

    Sempre se deve prestar atenção ao humor de seus amiguinhos, bem como verificar a pele e os pelos deles, uma ou duas vezes por semana, para evitar eventuais problemas, como lesões ou infecções, que, se descobertas a tempo, têm mais chances de tratamento e cura. 

     

    Vacinas e vermífugos

    Nunca é demais cuidar da aplicação de vacinas e vermífugos e sempre pedir orientação ao veterinário sobre problemas específicos da raça que for escolhida para a sua companhia em sua morada no campo, a fim de que não haja nenhuma surpresa. E tomar todos os cuidados recomendados quanto à higiene do animal, porque nenhum ambiente rural torna imune o animal a problemas que teria em qualquer ambiente. 

     

  • Cães no campo – Para que serve um cão pastor?

    Cães no campo – Para que serve um cão pastor?

    Em tempos de ordenha robotizada e quadriciclo para pastoreio, o cão pastor continua sendo um companheiro de equipe disponível em todas as horas e um companheiro eficaz

    O criador de animais de pastoreio é chamado a trabalhar cada vez mais sozinho, e o cão prova ser um seu aliado indispensável. Eficaz em todos os tipos de rebanhos (vacas leiteiras, bovinos em aleitamento, ovinos, caprinos, suínos ou aves), este parceiro pode prestar múltiplos serviços: busca, contenção, triagem, montaria no gado, trabalhos em construção etc. Ele facilita e simplifica os deslocamentos dos animais e garante o cuidado e o manuseio. Resumindo, permite que o criador conduza o seu rebanho com toda a tranquilidade.

     

    As razões que levam um criador a adquirir um cão pastor

    Entre as motivações que podem levar um criador a adquirir um cão, estão:

    • Dificuldades e/ou incidentes repetidos durante o manejo de animais;
    • Necessidade de mão de obra;
    • A condição física do criador, que pode ter diminuído e não permite mais deslocamentos tão rápidos a cavalo ou mesmo guiando um quadriciclo;
    • O prazer de trabalhar com um cachorro.
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    Pontos a serem considerados

    • Você deve ter sempre algum tipo um método para treinar um cachorro;
    • O cachorro pode entrar em pânico com os animais, se não vier de um canil correto;
    • O quadriciclo pode substituir o cachorro;
    • Pode não bastar um cachorro, devem-se ter vários, dependendo da situação;
    • É complicado treinar um cachorro se não tiver experiência e, além disso, o tempo para o treinamento é grande.

    Escolhendo bem o seu cachorrinho

    Uma vez decidido que se fará a aquisição de um cão pastor, o criador de animais de pastoreio deve escolher um filhote de cão mais adequado.

     O principal critério de seleção deve ser a origem genética do filhote, que deve ter boas habilidades naturais de lidar com o rebanho e flexibilidade de caráter. É importante ver pelo menos um dos pais do animal trabalhando com o rebanho.

     O criador de animais de pastoreio deve investir na educação e no treinamento do cão. É preciso saber como ganhar tempo: deve-se administrar o tempo de treinamento e o tempo no trabalho diário.

     

    As vantagens de se ter um cão no pastoreio

    Entre as vantagens do cachorro na condução e no trabalho junto ao rebanho, estão:

    • O cão, na criação de animais de pastoreio, complementa a visão (o campo visual) do homem;
    • Ele normalmente está disponível quando necessário;
    • Ele é rápido, antecipa movimentos dos animais e assume riscos;
    • O casamento entre homem e cachorro é consistente e compreensível para o rebanho, sendo que o cachorro sempre conduz o rebanho tendo como referência o homem;
    • O cão fortalece a coesão do rebanho.

     

    Dicas para o sucesso

    Treinadores de cães pastores, criadores de animais de pastoreio que possuem cães pastores treinados e criadores de cães pastores são unânimes em descrever as seguintes dicas para o sucesso com esses animais:

    • Escolha seu cachorro entre cães que tenham origem para o trabalho com rebanho, ou seja, não improvise – por mais que seja óbvio, é sempre bom dizer: para pastoreio, tem que ser um cão pastor;
    • Entenda como o cão pastor trabalha, e isso significa que não é o proprietário de uma fazenda quem vai determinar como o cão deve trabalhar, mas ele deve entender o modo de trabalhar do cão e não impor algo que o cão não compreenda;
    • Reserve 30 minutos por dia com seu cão para treiná-lo e respeite o progresso do trabalho feito, quer dizer, não acelere, não queira obter imediatamente produtividade, porque o animal não é uma máquina  pronta para obedecer a um humano; seja sempre afetuoso e interaja com seu cão amigavelmente;
    • Exercite seu cão regularmente, não só no trabalho de campo, mas também brinque com ele e dê a ele a sensação de que vocês são amigos que se divertem juntos.
    • Saiba como pedir ajuda e faça cursos de iniciação e aprimoramento, que existem em vários períodos do dia e são oferecidos por associações de usuários de cães pastores; todos os que concluíram esses cursos e realizaram estágios recomendam-nos com louvor e garantem que são essenciais para o sucesso com os cães pastores.

    Impactos para a sustentabilidade

    Vivemos em um momento histórico em que a preocupação com o meio ambiente é importantíssima, aliada à condição de gerar renda a partir das atividades econômicas, o que gera o conceito de sustentabilidade, e a adoção de um cão pastor gera impactos para a sustentabilidade, sim.   Alguns deles são a seguir elencados: o produtor de animais de pastoreio economizará tempo nos deslocamentos dos animais;

    • As intervenções para com os animais (tratamento, deslocamentos, etc.) serão feitas na hora certa, dada a grande concentração de cães pastores treinados em seu trabalho de pastoreio;
    • Não haverá consumo de energia ou de combustível e de manutenção de um quadriciclo, além de a segurança ser maior (evitar acidentes, por exemplo);
    • O cão facilita a domesticação do rebanho, tornando-se mais agradável de manusear, já que tanto os exemplares do rebanho quanto o cão são animais de quatro patas e não se estranham tanto quanto os animais estranhariam, por exemplo, um quadriciclo;
    • O trabalho é gratificante, já que feito em equipe com seu cachorro, e há efetivamente o prazer de trabalhar com um animal dócil e que o auxilia nas tarefas de pastoreio, diminuindo também o isolamento; enfim, o cão é um excelente companheiro;
    • Há uma imagem altamente favorável do público em geral para com os cães pastores.

    Ter, portanto, um cão pastor, dependendo do lugar onde um criador de animais de pastoreio viva, pode ser mais complicado do que simplesmente conhecer bem o animal. No Brasil, a situação não é tão difícil assim. Temos os nossos animais selvagens, é claro, mas não estamos vivendo esse tipo de polêmica – ainda!

    Você, criador de animais de pastoreio, se você se identificou com os nobres cães pastores, pode escolher um que possa fazê-lo mais feliz, dê mais eficiência a seu trabalho, garanta sustentabilidade e prazer ao seu dia a dia.

    Anote a nossa live na sua agenda para tirar todas as dúvidas e ainda receber diversas dicas para você e para o seu pet! Nós esperamos você lá!

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  • Cães da cidade e cães do campo

    Cães da cidade e cães do campo

    Quando se fala de cães, é necessário mencionar o mundo em que vivem e crescem, porque o ambiente influencia o seu comportamento. Além disso, é necessário levar em consideração as atitudes das pessoas que os circundam. Como são os cães da cidade e os do campo?

    Temos que nos lembrar que, exatamente como sucede com os outros seres vivos, inclusive os humanos, o contexto influencia a adaptação e a existência. As diferenças entre cães da cidade e do campo são definidas pelo espaço em que vivem cotidianamente.

    Como com os humanos, os cães adquirem características com base no lugar em que vivem, cidade ou campo. Não é o mesmo viver em uma grande metrópole, onde o ritmo da vida é muito mais intenso, em comparação a uma zona rural, onde não existe estresse e a natureza está muito mais presente.

    Também os horários são notoriamente diferentes. Nas zonas rurais e agrícolas, as pessoas se levantam e vão dormir muito cedo, um fator que se torna crucial na vida de todos os dias, independentemente de serem pessoas ou animais de estimação.

    Os cães da cidade e do campo se adaptam a estes elementos, desenvolvendo existências diferentes, quase opostas. Um cão que é treinado e adotado em uma área metropolitana sofre de níveis de estresse e ansiedade que um outro semelhante camponês não conhecerá nunca.

     

    Os passeios

    Os cães foram observados com relação à rotina diária de passeios, produzindo-se conclusões que mostram resultados diversos. As raças caninas que vivem no campo, por uma questão de espaço, podem se movimentar livremente e sem coleira. Mas mantêm sempre o contato visual com os seus proprietários e não se distanciam muito deles.

    Ao contrário deles, os cães que vivem na cidade são habitualmente ansiosos. Não têm o hábito de manter o contato visual com a pessoa que o guia e, portanto são mais propensos a tentar fugir na hora do passeio.

    Tudo isso, é claro, depende do treinamento dado a cada caso. São mais freqüentes fugas de animais da cidade, mas não significa que cães do campo também não possam se aventurar além dos limites e desapareçam ou tenham consequências ruins de suas aventuras como serem atropelados, por exemplo, em estradas.

     

    O olfato

    Os cães têm o sentido do olfato muito desenvolvido, como já se demonstrou. Entretanto, no caso dos cães do campo e da cidade, há algumas diferenças fundamentais. Isso não se deve a uma questão de treinamento, objetivamente maior nos animais que vivem em ambientes rurais, mas também à paciência e concentração em fazê-lo. 

    O cão que cresce no campo desenvolve muito mais paciência e dedica muito mais tempo a farejar o mundo e os objetos que o circundam.  Às vezes, ele até é empregado em atividades que exploram seu faro privilegiado, como no caso da caça.

    O cão que nasce e cresce na cidade, sendo mais irrequieto, senão igualmente treinado, é muito menos paciente, fareja rapidamente tudo porque tem pressa. Sabe que tem poucos minutos à disposição para encontrar e seguir possíveis vestígios de coisas.

     

    A saúde

    Se formos tratar do bem-estar desses fidelíssimos animais domésticos, é normal considerar os cães do campo como mais saudáveis e com menos problemas de saúde em comparação com os primos que vivem na cidade. Isso diz respeito, evidentemente, tanto à esfera física quanto à mental.

    Resumidamente, diz-se que os cães do campo levam uma vida melhor, e nisso não é dificilmente de acreditar. Certamente, também existem casos extremos relativos à maneira de ter e cuidar dos animais, pois pode haver tutores “civilizados” que são mais respeitosos e preocupados do que aqueles que, talvez acostumados à vida no campo, geralmente consideram os cães como ferramentas de trabalho.

    De qualquer modo, existem dois elementos-chave que permitem aos cães do campo ter, uma melhor qualidade de vida: o habitat e o contato com as pessoas e animais.

     

    O  habitat

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    A vida de um cão treinado no campo, em um ambiente natural, é a de um animal que aproveita uma maior liberdade de movimento. Não conhece o estresse de permanecer fechado por horas em casa e, todo dia, tem a possibilidade de treinar e desenvolver os seus sentidos. 

    Obviamente, os cães que vivem em um pequeno apartamento ou em uma casa na cidade, não se encontra no seu ambiente natural. Além disso, o seu ambiente de convívio, frequentemente, é repetitivo e fechado. Quando ele é levado para passear, não é raro que ande pela mesma rota, sem nenhuma novidade. E isso pode ser agravado para um cão com uma alta capacidade de energia que precisa ser descarregada. 

    Por estes motivos, é geralmente aconselhável que os cães da cidade façam sempre atividades diversas e estimulantes, começando pela variação do trajeto dos passeios, a sua duração e os lugares em que ele possa brincar junto com outros animais. De tal modo, será reduzida a quantidade de ansiedade e estresse acumulada. 

     

    Contato com as pessoas e animais

    Também o constante contato com outras pessoas e animais presenteia os cães do campo com uma maior qualidade de vida. Encontrando-se a ter que interagir, todo dia, com diversos seres vivos, estes animais melhoram o seu temperamento e o nível de socialização. Desde sempre, o cão ajuda o ser humano a desenvolver diversas tarefas. É visco como um animal doméstico e também como uma companhia. É por este motivo que ele se sente à vontade cercado de pessoas.

    Sobre as diferenças entre cães da cidade e cães do campo,  há ainda muito a investigar e aprender. A sua companhia foi sempre fundamental para os seres humanos, mas é necessário sempre fazer todo o possível para criar um habitat adaptado a eles, porque o ambiente, como vimos, influi muito sobre a felicidade e o bem-estar do nosso amigo de quatro patas. 

     

    Como manter saudável o cão que vive no campo

    Mesmo, em geral, podendo ser o cão do campo mais saudável do que o da cidade, viver no campo pode causar perigos para a saúde do seu cão. 

    Viver no campo com o próprio cão e não ter à disposição muitos centros veterinários é uma situação que apresenta muitas desvantagens para a saúde, pois é um contexto em que uma doença ou um incidente podem se transformar em eventos bastante graves para o nosso pequeno amigo.

     Embora pareça um panorama delicado, o segredo para evitar que as coisas piorem é tomar algumas simples precauções. Deste modo tanto o tutor quanto o animal doméstico podem levar uma vida agradável e sem inconvenientes. 

    Seguem alguns conselhos úteis para quem não sabe manter o animal saudável no campo.

     

    Primeiros socorros

    Tenha sempre à mão um kit veterinário de primeiros socorros para cães e gatos.

    Pode parecer óbvio, mas frequentemente muitos não dão atenção e não tem um desses à mão quando acontece um acidente que requeira remédios ou outros procedimentos médicos. É importantíssimo ter sempre um à disposição para resolver qualquer problema de saúde.

    Como este kit será para o seu animal doméstico, você deve consultar um veterinário e dizer-lhe todo que diga respeito, não só ao seu amigo, mas também ao ambiente em que ele viverá. Como base nisso, será ele a aconselhá-lo os remédios adequados aos riscos que corre o seu cão, além das doses a serem administradas a ele.

     

    Medicamentos e acessórios sempre necessários

    Alguns remédios, no entanto, deveriam sempre estar presentes com você. Seguem uma lista básica:

    • clorexidina;
    • peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada;
    • tintura de iodo;
    • diferentes tipos de antibióticos;
    • comprimidos de carvão ativado;
    • analgésicos;
    • bandagem;
    • suplementos alimentares;
    • diferentes tipos de anti-inflamatórios;
    • gaze;
    • medicamentos antidiarreicos.

    Mesmo que você possua este kit para tratar seu animal de estimação em caso de acidente, você ainda deve conversar com o veterinário para lhe dizer a melhor maneira de tratá-lo, caso você não saiba o que fazer. A orientação para o uso de cada produto da lista acima e de outros que o veterinário indicar deve sempre partir do seu veterinário de confiança. Esteja sempre bastante consciente do cuidado que está prestando ao seu animal.

     

    Cuidado com a Leishmaniose

    Como você deve saber ou imaginar, um dos maiores riscos que seu animal de estimação pode correr vivendo em uma área rural é causado pela presença de pulgas, carrapatos e mosquitos. Esses insetos não são apenas irritantes, mas também perigosos, pois podem transmitir a leishmaniose, uma doença potencialmente letal. Para evitar isso, damos-lhe algumas dicas que serão muito úteis.

    Você precisará instalar redes mosquiteiras impregnadas com inseticida nas portas e janelas.

    Não deixe seu animal de estimação sair à noite: o mosquito que transmite esta doença geralmente age no escuro.

    Se você tem um cachorro, pode vaciná-lo contra a leishmaniose.

    Coloque o pesticida ou coleira de pulgas. Já existe no mercado uma coleira que protege contra os insetos que transmitem a leishmaniose e que tem durabilidade de 8 meses, que também não precisa ser removida durante o banho.

     

    Proteger os alimentos

    Se você estiver em no campo, cuide da comida, para que ela não seja alvo de concorrentes perigosos como ratos e outros roedores do campo que podem trazer doenças ao ambiente do seu animal.

    Se você mora em um local onde não há centros veterinários, é essencial que você feche bem os alimentos, mantendo-os em local fresco. Você evitará a contaminação de fungos e bactérias e a chegada de insetos que desejam comê-los.

    Por esse motivo, é de grande importância que você não deixe seus alimentos expostos ao ar por mais de 45 minutos, principalmente em altas temperaturas, uma vez que, nesses tipos de climas os alimentos, se decompõem rapidamente, favorecendo o aparecimento de micro-organismos patogênicos que seriam muito prejudiciais à saúde do seu animal de estimação.

    Em poucas palavras, nesse tipo de contexto, é muito importante que seu amiguinho siga uma dieta adequada, pois isso o manterá saudável.

     

    Condição física e emocional associadas

    IMG 20190208 071149 521 | Manual Pet

    Preste atenção ao estado físico e emocional do seu bichinho.

    Sempre se deve prestar atenção ao humor de seus amiguinhos, bem como verificar a pele e os pelos deles, uma ou duas vezes por semana, para evitar eventuais problemas, como lesões ou infecções, que, se descobertas a tempo, têm mais chances de tratamento e cura. 

    A importância de seu estado emocional baseia-se no fato de que, se seu animal estiver triste ou pouco ativo, pode ser o sinal de uma doença, por isso é importante que você se aperceba da situação o mais rápido possível, para levá-lo ao veterinário.

    Como você viu, cuidar da saúde do seu animal de estimação mesmo quando mora em uma cidade pequena ou no campo, onde a cobertura veterinária é limitada, não é tão difícil quanto parece.

     

    Algumas outras dicas

    Pela comparação entre o ambiente da cidade e o do campo, vimos que ser pai de um animal de estimação em áreas rurais pode significar muito ar fresco, terrenos para correr e se exercitar para seus animais de estimação. Embora existam muitos benefícios na vida rural, também existem alguns desafios exclusivos para os pais de animais de estimação. Veja mais dicas sobre como ser o melhor pai de estimação em um ambiente rural.

     

    Mantenha as raças em mente

    Embora muitas raças sejam adequadas para ambientes rurais, os cães maiores tendem a gostar de morar em um lugar onde haja mais espaço aberto para correr e brincar. Se você tem ou está pensando em adquirir um cão maior, certifique-se de ficar de olho nele enquanto ele está explorando o mundo enorme que ele vê, para que ele não se afaste demais. Se você mora em uma fazenda, cães maiores, como BorderCollies, Pastores Alemães, Pastores Ingleses Antigos ou Pastores Australianos, são grandes raças para ajudar no pastoreio ou em outras tarefas agrícolas.

     

    Deixe seu filhote vagar livremente – com alguns limites!

    FOTO BORDER CANIL | Manual Pet

    Viver em uma cidade menor ou ambiente rural significa que você pode ter um quintal grande. Aproveite esse espaço aberto e deixe seu animal de estimação se divertir correndo. Um quintal fechado ou grandes acres de terra são ótimos lugares para o seu filhote brincar em um ambiente seguro, longe do tráfego, que também já existe em áreas rurais, sim.

     

    Socialize seu animal de estimação

    Enquanto vive em uma comunidade menor, pode ser difícil para seu amigo fazer amigos ou socializar-se com outros animais de estimação. Se a sua comunidade possui um parque para cães, faça da parada no parque uma parte de sua caminhada diária – seu filhote adorará passear com outros amigos peludos com os quais ele normalmente não conseguem interagir. Se você não mora perto de um parque para cães, não se preocupe! Muitas comunidades oferecem creches para cães, onde seu bebê peludo pode se encontrar e brincar com outros cães da comunidade. Antes de visitar uma creche para cães, certifique-se de proteger seus animais de estimação contra a gripe canina com uma vacinação anual .

     

    Mantenha seus animais de estimação seguros

    Viver em uma comunidade rural pode ser uma experiência maravilhosa para você e sua família, especialmente se vocês tiverem animais de estimação – claro, a experiência para eles tende a ser ótima! Mas estar cercado por terrenos abertos pode facilitar a fuga dos animais de estimação se eles encontrarem um portão aberto ou uma saída da sua propriedade. Certifique-se de providenciar a colocação cirúrgica de um microchip associada ao  registro do seus animal de estimação, um procedimento que hoje já está sendo cada vez mais divulgado e que é muito simples e pouquíssimo e manter seus dados de cadastro sempre atualizados, para que você tenha salvaguardas, caso seu amigo peludo fuja.

     

    Vacinas e vermífugos

    Nunca é demais cuidar da aplicação de vacinas e vermífugos e sempre pedir orientação ao veterinário sobre problemas específicos da raça que for escolhida para a sua companhia em sua morada no campo, a fim de que não haja nenhuma surpresa. E tomar todos os cuidados recomendados quanto à higiene do animal, porque nenhum ambiente rural torna imune o animal a problemas que teria em qualquer ambiente.

    Cada vez mais o conhecimento se torna necessário. Então, o melhor pai de estimação procurará sempre conhecer tudo o que diz respeito ao seu animal, para tratá-lo cada vez melhor, seja na cidade, seja no campo.

  • O enriquecimento ambiental para o cão

    O enriquecimento ambiental para o cão

    O enriquecimento ambiental para o cão é definido como as interações sociais ou as mudanças no ambiente do cão, a fim de estimular sua atividade mental e física. O enriquecimento é projetado para reduzir o estresse e o tédio e manter a forma física e a acuidade mental do animal. Existem cinco tipos de enriquecimento: sensorial, alimentar, físico, social e mental. Normalmente, todo cão requer cada um desses tipos de enriquecimento diariamente. Em alguns casos, porém, durante o repouso pós-operatório, por exemplo, o exercício não é viável para o cão. Neste caso específico, é importante dar como compensação outros tipos de enriquecimento. Além disso, várias atividades podem incluir mais de um tipo de enriquecimento. A título de exemplos: brincar sozinho com um brinquedo no qual o alimento está escondido permite o enriquecimento alimentar e o mental; brincar com outro cão permite o enriquecimento físico, o mental e o social.

  • O enriquecimento ambiental para o cão

    O enriquecimento ambiental para o cão

    Como estimular a atividade mental e física do seu pet?

    O enriquecimento ambiental para o cão é definido como as interações sociais ou as mudanças no ambiente do cão, a fim de estimular sua atividade mental e física. O enriquecimento é projetado para reduzir o estresse e o tédio e manter a forma física e a acuidade mental do animal. Existem cinco tipos de enriquecimento: sensorial, alimentar, físico, social e mental. Normalmente, todo cão requer cada um desses tipos de enriquecimento diariamente. Em alguns casos, porém, durante o repouso pós-operatório, por exemplo, o exercício não é viável para o cão. Neste caso específico, é importante dar como compensação outros tipos de enriquecimento. Além disso, várias atividades podem incluir mais de um tipo de enriquecimento. A título de exemplos: brincar sozinho com um brinquedo no qual o alimento está escondido permite o enriquecimento alimentar e o mental; brincar com outro cão permite o enriquecimento físico, o mental e o social. A tabela a seguir descreve os diferentes tipos de enriquecimento e dá exemplos do que pode ser alcançado como um enriquecimento ambiental para o cão.

     

    Diferentes tipos de Enriquecimento Ambiental

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Sensorial

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    Descrição: Fornecer um ambiente diversificado para atender a necessidade do cão de investigar e fazer escolhas; apresentar atividades para que ele explore todos os sentidos, ou seja, olfato, audição, visão, tato e paladar.

    Exemplos:

    1. Ofereça diferentes tipos de nichos ou áreas de descanso (cama, banco, esconderijo).
    2. Ofereça brinquedos, faça rodízio dos brinquedos (uma vez por semana) para algo novo.
    3. Ofereça brinquedos para roer (osso de mastigar, brinquedo resistente a nylon).
    4. Leve o cachorro para um parque ou dê um passeio com o cachorro para que ele possa sentir e explorar o ambiente.
    5. Jogos de faro para que o animal tente descobrir onde está o alimento.

    Considerações: O cão medroso provavelmente precisará de menos coisas novas, pois estas podem causar medo em um animal suscetível. O cão medroso poderia se beneficiar de mais esconderijos para fazê-lo se sentir confortável. O animal deve ser monitorado ao ser apresentado a novos brinquedos para garantir que ele não tente ingeri-los.

     

     Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Alimentar

    Descrição: A ideia neste tipo de enriquecimento é trabalhar para ganhar a recompensa

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    Exemplos:

    1. Obstáculos a serem vencidos para que se consiga alcançar o alimento.
    2. Jogos interativos com ossinhos para desafiar o animal a esforçar-se para apanhá-los.
    3. Exercícios com brinquedos interativos para que o animal vá buscar o petisco dele.

    Considerações: Nem sempre se consegue o mesmo efeito para animais de porte e idade diferentes, além de que há a interferência da ansiedade, além da condição do treinador de conduzir a atividade com o animal. É preciso saber dosar bem a atividade, saber recompensar adequadamente e usar essa atividade junto com outros enriquecimentos.

     

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Físico

    Descrição: Atividade física.

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    Exemplos:

    1. Dar uma volta.
    2. Jogar a bola para o cachorro a traga de volta.
    3. Lutar amigavelmente com outros cães ou com um ser humano.
    4. Jogo entre cães ou com humanos.
    5. Rampas e prateleiras para que tenham visões diferentes do ambiente e também se movimentam em mais de uma dimensão.

    Considerações: A idade e a saúde física do cão podem colocar limites na duração ou intensidade do exercício.

     

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Social

    Descrição: Oportunidade de interagir com humanos ou outros animais de forma positiva.

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    Exemplos:

    1. Jogo entre cães ou com humanos.
    2. Treinamento (reforço positivo).
    3. Interação no banho e higienização (se o cão gostar da interação nesse momento; caso contrário, guloseimas e brincadeiras são essenciais como

    reforço positivo num processo de treinamento para o ato de tomar banho e higienizar-se).

    1. Ambientação em canis – sempre devemos nos lembrar que o cão é um animal de matilha.

    Considerações: Não é necessário sempre apresentar novos amiguinhos ao cão ou colocá-lo em um grande grupo. Ele será capaz de praticar suas habilidades sociais com um ou dois de seus amigos caninos. Seria importante monitorar qualquer introdução de cães desconhecidos ou não tão familiares, para garantir que eles não se envolvam em brigas ou outras interações adversas. Cães agressivos ou ansiosos na presença de outros cães podem não ser capazes de se beneficiar de interações com outros cães ou só conseguirão interagir com cães específicos.

     

    Tipo de Enriquecimento: Enriquecimento Mental

    Descrição: Levar o cachorro esforçar-se para obter algo; a resolução de problemas também é para os caninos.

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    Exemplos:

    1. Treinamento de obediência ou outras atividades (passeios, agilidade, rastreamento ou detecção de odor) por reforço positivo (doces ou brincadeiras).
    2. Jogo que faz o cachorro trabalhar para receber uma recompensa, como alimentos ou guloseimas, apresentados sob várias formas: brinquedo rígido para mastigar no qual se podem esconder comida ou guloseimas, dispensador de guloseimas interativo em forma de um brinquedo ou de uma bola.
    3. Jogo entre cães ou com humanos (em canis e com profissionais especializados em comportamento animal, é possível obter muitas sugestões).

    Considerações: O nível de dificuldade dependerá das habilidades do cão. O cão também deve ser monitorado após a introdução de novos brinquedos para garantir que ele não tente ingeri-los.

  • Território do gato

    Território do gato

    Mesmo em um espaço pequeno, é possível permitir que o gato construa um território adequado.

    Em casas pequenas ou apartamentos, uma solução possível para poder ter mais espaço pode ser aproveitar a dimensão vertical, particularmente apreciada pelo gato que, na natureza, passa muito tempo escalando árvores.

    Para isso, basta introduzir prateleiras, poleiros, arranhadores em andares ou recipientes pendurados nas paredes.

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    Figura 1: Um arranhador em andares bastante bem elaborado.

     

    Para gatos particularmente tímidos e temerosos, não os que lutam para se integrar com os seus iguais, o espaço vertical oferece a possibilidade de ter mais controle sobre o meio ambiente.

    Uma vez que seja garantido o espaço mínimo, é a qualidade, mais do que a quantidade, que faz a diferença. A qualidade é garantida através da criação de áreas de descanso suficientes, esconderijos e barreiras visuais (como painéis verticais ou cortinas).

    Não se deve esquecer de que, além de outras coisas,  o território do gato é dividido em áreas: áreas de caça, áreas de eliminação, áreas de descanso, áreas de alimentação.

    Recriar tal disposição em casa ajuda o gato a se sentir mais confortável. Daí a necessidade de manter a área onde as tigelas com comida e água são colocadas bem separadas da área onde está localizada a caixa do banheiro.

    A presença de esconderijos no ambiente dá ao gato a oportunidade de lidar melhor com qualquer situação perigosa e estressante. Esconder-se, na verdade, é um mecanismo de enfrentamento para essa espécie animal.

    O espaço interno também deve ser mobiliado com caminhas tanto no chão quanto acima do chão. Essas caminhas terão que ser em número suficiente para todos os gatos da casa.

    Mas no habitat felino perfeito, não podem faltar arranhadores verticais e/ou horizontais (dependendo das preferências do gatinho).

    O gato arranha para marcar o território, para afiar suas unhas, para fazer exercício físico (alongamento) e fortalecer os músculos úteis para desenrolar as garras.

    Se o gato não tiver um substrato adequado para arranhar, ele pode escolher como arranhadores alguns móveis da casa (por exemplo, cantos dos móveis, sofá, tapetes, etc.), despertando, assim, a ira dos proprietários.

    Para resolver esse problema, é necessário evitar que o gato acesse tais móveis e colocararranhadores nas áreas visadas pelo animal.

    Se a caça é importante para a ingestão de alimentos em rações múltiplas, é também a principal atividade do gato que vive fora.

    Para um animal que não pode sair, você pode simular essa ocupação usando iscas.

    Objetos móveis que refletem a luz, esferas brilhantes que se movem até as patas do gato, varas de pesca em miniatura que movimentam um jogo de pelúcia: as soluções para permitir que o gato tenha a simulação de obstáculo e ataque são realmente numerosas.

    É essencial que os proprietários entendam a necessidade absoluta de evitar punições físicas. Não há hierarquia e, portanto, não há submissão.

    Antecipe-se: enriqueça o ambiente onde vive seu gato, e ele devolverá a você a satisfação de poder brincar e interagir com o ambiente de maneira saudável e tranquila para ele e para você.

     

     

  • Dormir com seu pet na cama

    Dormir com seu pet na cama

    Animais de estimação são bons para sua saúde. Mas isso significa que você também deve deixar seu cão ou gato dormir em sua cama? Que vantagens e desvantagens eles têm?

    Animais de estimação fazem você feliz, é claro!

    No Brasil, 44,3% dos domicílios possuem pelo menos um cachorro, e 17,7%, ao menos um gato, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, há no total cerca de 53 milhões de cães e 22 milhões de gatos no país. Já na Holanda, por exemplo, é diferente: cerca de um quarto das famílias tem um gato como membro da família, e 20% das famílias vivem com um cachorro.

    Ter animais de estimação parece ser bom para sua saúde. Eles nos fazem mais felizes por causa do amor incondicional que nos dão. Entre outras coisas, eles reduzem o estresse, diminuem a pressão sanguínea e diminuem a solidão. Com um cachorro, você também precisa caminhar várias vezes ao dia, o que proporciona exercícios extras.

    Animal de estimação como um membro da família

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    As pessoas tendem a considerar seus animais de estimação como membros da família com direitos iguais. No Brasil, já houve até sentença de juiz que considerou cães exatamente assim.

    Cerca de 40% dos proprietários de cães e gatos às vezes deixam seu amigo de quatro patas dormir em suas camas. Estes são principalmente solteiros e pessoas cujos parceiros estão regularmente fora. Mas será que é uma boa ideia deixar seu animal de estimação dormir em sua cama?

    As opiniões são amplamente divididas sobre isso. Um pesquisador ficaria horrorizado com a ideia de ter uma fonte de bactérias contaminando sua cama. A companhia de um animalzinho também causa pior qualidade do sono, segundo alguns pesquisadores. Outros estudos demonstram que há benefícios à saúde. E agora?

     Se você dorme bem na cama com um animal de estimação, isso parece ser principalmente uma questão pessoal. É por isso que listamos os prós e os contras para você, para que você possa tomar a decisão.

    Os benefícios de dormir com animais de estimação

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    O que poderia ser melhor do que um abraço maravilhosamente suave e quente em sua cama? Além disso, dormir com seu cão ou gato tem muitos efeitos positivos na sua saúde. Um deles pode ser um melhor vínculo com o seu animalzinho.

    Após um dia inteiro de trabalho, você perdeu a companhia do seu cão ou gato. Não é de surpreender quando você vê seu amigo de quatro patas entrar alegremente atrás de você no quarto para passar aquela noite fria e escura com você. Você e seu animal ficam mais felizes dormindo juntos. É bom para os dois, especialmente se você ficar muito tempo longe do seu amiguinho durante o dia.

    O outro benefício é a sensação de segurança: você se sente mais seguro com seu cão perto de você. À noite, no escuro, você se sente mais vulnerável, especialmente quando dorme sozinho. Mas, graças ao seu cão, é como se você se sentisse mais protegido.

    Outro benefício é a diminuição do estresse, por exemplo, em pessoas que têm insônia, que é frequentemente acompanhada de estresse, depressão e ansiedade. Os animais de estimação proporcionam uma sensação de calma e segurança e ajudam a neutralizar pensamentos negativos. Ao se deitar com seu cão ou gato, seu corpo produz ocitocina, que é um hormônio que reduz o estresse e tem um efeito positivo na pressão sanguínea e no sistema imunológico.

    As pessoas que não se incomodam porque seus animais de estimação se movem muito à noite (veja as desvantagens abaixo) acham que dormem melhor graças ao seu amigo peludo. Há a sensação de algo agradável, acolhedor e confortável no fato de dormir com nossos animais de estimação, porque eles têm uma temperatura corporal mais alta do que a dos seres humanos. O calor do corpo de um animal de estimação e a respiração rítmica têm um efeito calmante. Por outro lado, no entanto, você dorme melhor se o seu corpo puder regular a temperatura. Em qualquer caso, ajustar o termostato um grau mais baixo quando você dormir na cama com seu animal de estimação é uma possibilidade – convenhamos que não tão simples.

    Há comprovados relatos sobre crianças criadas em uma fazenda de animais têm menos probabilidade de sofrer de certas doenças autoimunes. Provavelmente, isso se deve aos muitos tipos de bactérias com que entram em contato. Ter um animal de estimação pode ser bom para o seu sistema imunológico, então, por esse motivo. Dormir na cama com seu cachorro ou gato colocará você em contato com todas as bactérias que eles carregam, fazendo com que você vá ganhando mais resistência contra elas, como se você fosse se acostumando a isso – acho que você acaba virando um pouco canino ou felino.

    As desvantagens de dormir com um animal de estimação

    Não importa o quanto você goste do seu animal de estimação, não se esqueça de que os animais têm práticas de higiene muito diferentes das nossas. Eles andam sem proteção nas patas, e pisam em lama e em urina e fezes, além de despreocupadamente enfiarem o focinho em lugares e objetos imundos. Não é raro que haja casos de gatos que bebam o líquido contido no vaso sanitário ou que cães comam fezes.

    Além dessas questões de higiene, nem todo mundo dorme melhor com um animal de estimação na cama. O efeito tranquilizador pode não acontecer; aliás, dormir com um animal pode ter o efeito oposto, ou seja, interferir negativamente no seu sono, o que torna muitas das vantagens acima inválidas. Portanto, antes de deixar seu cão ou gato dormir em sua cama, leia as seguintes possíveis desvantagens.

    A primeira desvantagem é que a proximidade muito grande com animais, especialmente no momento de repouso, pode piorar muito alergias e asma. Se você tem asma, é melhor não dormir na cama com seu cão ou gato, algo que também se aplica obviamente se você for alérgico a eles, mesmo que apenas levemente. Nesses casos, de asma e/ou alergia, é ainda melhor manter o animal completamente fora do seu quarto.

    Mesmo que você não seja alérgico a animais, o pelo dos seus amiguinhos está cheio de alérgenos, como ácaros e pólen. O contato com esses alérgenos a noite toda aumenta o risco de desenvolver alergias. Além disso, esses alérgenos entram na roupa de cama e no colchão e multiplicam-se com o tempo.

    A segunda desvantagem é que o contato com animais na cama pode aumentar o risco de doenças. Não é desconhecido o fato de que várias doenças são transmitidas dos animais aos seres humanos. Pessoas idosas, mulheres grávidas, crianças e pessoas com um sistema imunológico enfraquecido correm os maiores riscos à saúde e, portanto, não devem dormir com um animal de estimação na cama.

    Os animais podem transportar parasitas como vermes. Os ovos desses vermes estão no pelo do seu animal de estimação, prontos para desaparecer entre os lençóis.

    Seu cão ou gato pode estar infectado com algum tipo de doença, e você nem saber disso. Uma infecção por estafilococos pode ser bem desagradável se transmitida a você.

    Um dos principais problemas são as pulgas na cama, criaturinhas que também podem transmitir doenças; já os gatos, em simples brincadeiras, podem, por seus arranhões, transmitir problemas para o homem.

    Uma grande parte de nossos animais de estimação sofre de um problema típico deles: pequenos ácaros invisíveis, que são bastante ativos no escuro, que gostam de ficar zanzando nos cílios dos humanos, resultando em coceira e inchaço. Com o tempo, você pode ter olhos secos e visão turva. Você também pode ser acometido por sarna a partir desse tipo de ácaro.

    Como os animais não usam calçados e apreciam, por exemplo, rolar no chão ou na grama, podem facilmente trazer bactérias de fezes que acabariam por se espalhar em sua cama, à noite.

    Citamos acima as pulgas, mas, além delas, os carrapatos também gostam de se aninhar nos pelos dos animais. As picadas de carrapatos podem infectar os humanos com bactérias e vírus que podem causar doenças perigosas, como a doença de Lyme e a TBE (encefalite do carrapato).

    Além de doenças, a noite pode ser realmente perturbada, pois o sono poderá ser interrompido por roncos dos nossos amiguinhos, os quais costumam ser bem ruidosos, quando ocorrem. Cães e gatos também se deslocam regularmente durante o sono, principalmente quando sonham.

    Seu gato tem um sino? Então, é claro que isso também pode atrapalhar sua noite de sono. Além disso, os gatos são animais noturnos, o que aumenta a probabilidade de você acordar porque eles querem brincar, por exemplo.

    Você também pode dormir pior porque se deita em uma posição diferente e menos agradável para não incomodar o animal.

    E a última questão sobre a qual pouco se pensa, mas que é importante, especialmente se levarmos em consideração que animais de estimação devem ser treinados para se manterem domesticados, não agressivos, é que a proximidade extrema pode agravar problemas de dominância e agressão. Isso significa o famoso ‘mimo’: eles, por conta do privilégio, podem entender que seja algo acima de você na hierarquia. A cama pode se tornar o território do cão, que ele protegerá, também contra possíveis novos parceiros ou filhos. Já pensou o drama?

    Dicas para pessoas que dormem com seus animais de estimação

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    Você sente pena do seu animal de estimação por deixá-lo dormir sozinho? Não se preocupe. Pesquisas mostram que seu cão ou gato realmente conseguem descansar o suficiente sozinhos. Se o problema, no entanto, é seu, ou seja, se você insiste em aconchegar-se contra seu casaco vivo e peludo à noite, leia as dicas a seguir.

    Se você absolutamente deseja colocar seu cão ou gato na cama, visite o veterinário regularmente para que sejam administradas as vacinas e os tratamentos de vermes necessários.

    Não deixe a cama se tornar o domínio do seu cão ou gato. Por exemplo, um cão deve poder ficar deitado no chão por 10 minutos, para só depois deitar na cama – em um local permanente – por convite, e isso deve ficar claro para ele, ou ele tomará conta de sua cama, tornando-se agressivo ao você querer retirá-lo de lá por algum motivo emergente, por exemplo.

    Gostaria de ter seu animal de estimação perto de você à noite, mas não em sua própria cama? Pode ser uma opção dar a ele sua própria cama no quarto – por exemplo, na forma de uma cesta.

    Troque sua roupa de cama com frequência, muito mais frequentemente do que faria na sua cama sem um animal de estimação. Também limpe seu quarto regularmente.

    A decisão de deixar o animal dormir na cama deve vir já antes de você trazê-lo para sua casa. Então, se você está procurando um cachorro ou gato, considere com antecedência se deseja deixá-lo dormir em sua cama. Depois que seu amigo peludo estiver acostumado a deitar na cama com você, pode ser difícil mudar isso mais tarde. Talvez você esteja solteiro agora e ache suas noites frias e solitárias. Mas, se seu amigo de quatro patas estiver acostumado a ser seu amigo de cama desde o início, ele poderá achar difícil se, de repente, um rival se juntar a ele.

    Pondere tudo isso, buscando a melhor de suas opções e assuma as consequências!